Detecção rápida de resistência aos fármacos de segunda linha (fluroquinolonas, amicacina e canamicina) em cepas de Mycobacterium tuberculosis utilizando o método Multiplex allele-specific PCR (MAS-PCR)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Costa, Bianca Porphírio da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8838
Resumo: A tuberculose mantém-se como uma das principais causas de morte, provocadas por um único agente infeccioso, em todo o mundo. Deficiências no processo de detecção da doença, assim como falência de alguns procedimentos terapêuticos (por exemplo, em função do abandono do tratamento por parte do paciente), tem contribuído para o surgimento de bactérias resistentes a um ou mais antibióticos (MDR resistência a múltiplas drogas, e XDR extensivamente resistente a drogas), constituindo um problema grave e uma verdadeira ameaça aos programas de controle da tuberculose. Este estudo teve como objetivo identificar com rapidez cepas de Mycobacterium tuberculosis (MTB) resistentes as fluoroquinolonas (FLQs), à amicacina (AMK) e à canamicina (KAN) por mutações pontuais nos genes gyrA (códon 94) e rrs (códon 1401), respectivamente. A metodologia utilizada foi o MAS-PCR (Multiplex allele-specific - PCR) que se baseia na amplificação por PCR e na detecção simultânea de mutações pontuais mais frequentemente associadas à resistência aos fármacos FLQs, AMK e KAN em cepas de MTB. Cem cepas de M. tuberculosis pertencentes ao acervo do Laboratório de Referência Nacional de Tuberculose CRPHF/ENSP/FIOCRUZ foram analisadas pelo método MAS-PCR, e comparadas aos resultados obtidos previamente pelo método bacteriológico e automatizado BACTEC MGIT 960. Os resultados mostraram discordância entre o método molecular MAS-PCR e o método fenotípico MGIT 960 (42% no gene gyrA e 32% no gene rrs). Os resultados discordantes foram analisados pela análise de sequenciamento, mostrando que a sensibilidade do método MAS-PCR com o gene gyrA foi de 71,4% e com o gene rrs foi de 52,5%. O baixo valor de sensibilidade foi devido ao fato de que algumas cepas resistentes não apresentaram mutação na posição analisada pelo MAS-PCR, o que pode significar que as cepas de MTB resistentes presentes no Brasil têm uma singularidade no padrão de mutações, diferente do descrito no resto do mundo.