Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Reis, Pâmela Falbo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/192127
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Resumo: |
Introdução: Peritonite é complicação grave nos pacientes em diálise peritoneal (DP) e a principal causa de transição para hemodiálise. O uso intraperitoneal (IP) de aminoglicosídeo e vancomicina é opção para o tratamento empírico. No entanto, a absorção sistêmica dessas drogas é controversa e pouco estudada. Objetivo: Descrever os níveis plasmáticos e do dialisato de amicacina e vancomicina administrados IP em pacientes com peritonite em DP nos momentos de 30 e 120 min após administração, após 24h da administração da amicacina e 48h da vancomicina e associá-los com o desfecho da peritonite. Metodologia: Estudo observacional realizado de novembro/2017 a abril/2019, que incluiu 32 episódios de peritonites. Análise de amostras foi realizada no 1º, 3º e 5º dias. No momento de pico, foram consideradas concentrações terapêuticas de amicacina valores entre 25 e 35 mg/L e no vale (antes da infusão do dialisato) concentrações de 4-8 mg/L ; e de vancomicina no vale de 15–20 mg/L. Resultados: A idade foi de 60 ± 11,3 anos, a principal causa da doença renal foi diabetes (42,4%) e 63,3% eram homens. Entre as culturas 39,4% foram gram negativos, 36,3% gram positivos e 21,2% negativas. Houve cura em 84,8% dos episódios. Vancomicina foi administrada IP a cada 72h e amicacina diariamente. Avaliando-se os períodos antes e depois da peritonite, não houve mudanças no tipo de transporte peritoneal (p=0,76), mas houve diferenças na função renal residual (p=0,05) e redução do débito urinário (p=0,02). Quanto aos desfechos cura e não cura, não houve diferença quanto ao gênero, idade, celularidade no 1º dia ou diabetes. A celularidade no 3º dia foi menor no grupo cura (p=0,009). No momento de pico, níveis terapêuticos de amicacina foram atingidos no dialisato em 80,7% dos pacientes com evolução para cura e 50% dos pacientes que evoluíram com não cura (p=0,05). No momento de vale, apenas 38% encontravam-se em concentrações terapêuticas no dialisato no grupo cura e 42,8% no não cura (p=1). As concentrações plasmáticas no momento de pico foram subterapêuticos em 98,4% das amostras no grupo cura e 100% no não cura. Já no momento de vale, concentrações plasmáticas terapêuticas estavam presentes em 74,4% no grupo cura e 71,4% no não cura (p=1). Quanto à vancomicina, foram atingidos níveis terapêuticos no pico em 94% dos curados e em 6% no grupo não cura (p=0,007). Após 48h, 56,8% do grupo cura teve concentração terapêutica no plasma, enquanto no grupo não cura foram 33,3% (p=0,39). As concentrações após 48h foram terapêuticas no dialisato em 5,4% no grupo cura e não foram atingidos no grupo não cura (p=1). Conclusão: A avaliação das concentrações de amicacina e vancomicina no dialisato e plasma mostram que, no momento de pico, concentrações terapêuticas de amicacina são necessários no dialisato para o sucesso terapêutico, enquanto as concentrações de vancomicina no plasma parecem ser mais importantes para o desfecho cura. Portanto, é importante estudar a farmacocinética dessas drogas para melhor compreensão do sucesso terapêutico. |