Arte, docência e práticas desobedientes na educação infantil: propostas decoloniais com o livro Da minha janela de Otávio Júnior
Ano de defesa: | 2024 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Artes Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Artes |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22504 |
Resumo: | Esta pesquisa de mestrado em artes insere-se na linha “Arte, sujeito, cidade” e surgiu da minha experiência como professor de crianças. O estudo tem como objetivo geral investigar a presença da arte no cotidiano da educação infantil como prática desobediente, cujo processo de ensino e aprendizagem é vivido por meio de propostas decoloniais junto ao livro infantil Da minha janela, de Otávio Júnior. Para tanto, parti dos seguintes questionamentos: a educação infantil, na periferia do município de Campos dos Goytacazes/RJ, leva em consideração o contexto sociocultural das crianças? O livro infantil Da minha janela, de Otávio Júnior, pode proporcionar a percepção dos códigos visuais desse contexto sociocultural para os educandos? Como as crianças perceberiam esse contexto e os códigos visuais de sua realidade por meio do livro? Os objetivos específicos foram: levantar as principais políticas e diretrizes para a educação infantil adotadas pelo município de Campos dos Goytacazes/RJ; revisar a bibliografia pertinente ao tema; e analisar os impactos advindos do contato entre as crianças e as propostas decoloniais e suas possíveis reverberações. Esta é uma pesquisa qualitativa exploratória nas dimensões bibliográfica, de campo e pesquisa-ação. A fundamentação teórica tem seus pilares fincados nos princípios de três grandes áreas — educação infantil, decolonialidade e arte — com autores que atuaram em estreita colaboração epistemológica, de forma circular e transversal na pesquisa. Na educação infantil, destacam-se Alfredo Hoyuelos (2020 e 2019), Anete Abramowicz (2018 e 2003), Beatriz Trueba Marcano (2015) e Paulo Fochi (2018 e 2019). Quanto à decolonialidade, estiveram em cena Aníbal Quijano (2010, 2005 e 2002), Nelson Maldonado-Torres (2008), Walter Mignolo (2013), María Lugones (2019), Catherine Walsh (2018, 2009 e 2006) e bell hooks (2020, 2018 e 2017). No campo da arte, contribuíram Vea Vecchi (2020 e 2017), Stela Barbieri (2021 e 2018), Dennis Atkinson (2018), Vicente Blanco e Salvador Cidrás (2019) e Susana Rangel Vieira da Cunha (2021), entre outros. Neste estudo, ficou evidente que as propostas decoloniais, integradas às práticas artísticas desobedientes, estabeleceram uma política sociocultural na escola quando a vitalidade cultural e a realidade da favela ocuparam um espaço significativo no ambiente de aprendizagem das crianças |