Avaliação in vitro da adesão de facetas laminadas cerâmicas em dentes não-vitais clareados externamente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Pinto, Bruno Dias
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Odontologia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Odontologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16528
Resumo: Problemas estéticos nos dias de hoje não se limitam àqueles induzidos pela cárie, mas também os dentes escurecidos por inúmeras razões. A cor do dente depende da composição dos tecidos dentais. Qualquer transformação ou alteração em alguns dos tecidos, levará a uma alteração na cor dental. Existem várias soluções para o problema do escurecimento, algumas menos conservadoras, como a realização de restaurações. Outras, como o clareamento dental, estão descritas como conservadoras da estrutura do dente; entretanto, o clareamento pode não solucionar totalmente o problema estético. As facetas laminadas podem melhorar ou alterar a cor do dente, entretanto, estas alterações têm limites, dependendo de inúmeros fatores. A conjugação do clareamento com facetas representa o que poderia ser feito de melhor para obter-se um resultado estético aceitável. Se considerarmos que o clareamento atua por difusão, conclui-se que quanto menos estrutura de esmalte o dente apresentar para difundir o agente clareador, melhor e mais rápido será o clareamento externo. Assim, quando da realização de facetas laminadas, pode-se lançar mão de um clareamento externo prévio ao procedimento de moldagem, logo após o preparo, onde há um contato mais rápido do oxigênio nascente com a estrutura pigmentada. Entretanto, o procedimento adesivo das facetas laminadas é sensível ao oxigênio. Deve-se aguardar pelo menos duas semanas após o clareamento para a realização da cimentação, o que parece ser suficiente para evitar danos à adesão no caso do clareamento externo convencional, mas no clareamento externo sobre o preparo isso se torna uma incógnita. O objetivo deste trabalho foi avaliar, in vitro, através de testes de cisalhamento, a adesão de facetas laminadas a preparos que sofreram clareamento prévio à sua execução e a preparos que sofreram clareamento direto sobre os mesmos, comparando-os com a adesão a preparos que não sofreram clareamento prévio à cimentação. Foram utilizados 60 dentes anteriores humanos, recém-extraídos, seccionados e montados em uma estrutura de resina epóxica. Foram divididos em três grupos: grupo I, que recebeu tratamento clareador e depois preparo para facetas, grupo II, que recebeu os preparos e o tratamento clareador sobre estes, e grupo III, grupo controle com preparo e sem tratamento clareador. Após um tempo de espera de 15 dias, foi realizada a cimentação de pastilhas cerâmicas sobre os preparos, os corpos-de-prova foram termociclados, e seguiram para testes de cisalhamento. Após a análise estatística (ANOVA e Tukey) dos resultados (grupo I – média 56,02 MPa; grupo II – média 46,42 MPa e grupo III – média 54,42 MPa; com p≤ 0,05 entre os grupos I e II), pode-se concluir que a adesão de facetas laminadas em dentes que receberam tratamento clareador diretamente sobre os preparos foi inferior à adesão em dentes que não sofreram tratamento clareador, ou em que este foi realizado antes dos preparos; em dentes que não sofreram tratamento clareador parece apresentar resultados mais homogêneos, e a adesão de facetas laminadas em dentes que receberam tratamento clareador diretamente sobre os preparos pode ser realizada, pois suas médias, apesar de inferiores às da adesão em outros grupos, estão dentro de um espectro aceitável do ponto de vista mecânico