Crioablação da fibrilação atrial: eficácia, segurança e análise da curva de aprendizado do método
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18519 |
Resumo: | O isolamento elétrico das veias pulmonares é reconhecidamente base fundamental para o tratamento não farmacológico da fibrilação atrial (FA) e, portanto, tem sido recomendado como passo inicial, na ablação de FA em todas as diretrizes. A técnica com balão de crioenergia, embora amplamente utilizada na América do Norte e Europa, ainda se encontra em fase inicial em muitos países em desenvolvimento, como o Brasil. Os objetivos de nossos estudos foram avaliar o sucesso e a segurança da técnica de crioablação em nosso serviço, em pacientes com FA paroxística e persistente e a curva de aprendizado com esta nova tecnologia. No primeiro estudo, cento e oito pacientes consecutivos com FA sintomática e refratária ao tratamento farmacológico foram submetidos à crioablação para isolamento das veias pulmonares. Os pacientes foram separados em dois grupos, de acordo com a classificação convencional da FA: paroxística (duração de até sete dias); e persistente (FA por mais de sete dias). Dados de recorrência e segurança do procedimento foram analisados respectivamente como desfechos primário e secundário. Considerando a evolução após os 3 meses iniciais, foram observadas 21 recorrências (19,4%) em período de um ano de seguimento. As taxas de sobrevivência livre de recorrência nos grupos paroxístico e persistente foram de 89,2% e 67,4%, respectivamente. O tempo médio do procedimento foi de 96,5 ± 29,3 minutos e o tempo médio de fluoroscopia foi de 29,6 ± 11,1 minutos. Foram observadas cinco (4,6%) complicações, nenhuma fatal. O nível de significância adotado foi de 5%. O estudo apresentou resultados semelhantes a outros na literatura e concluiu que a crioablação para isolamento elétrico das veias pulmonares é um método seguro e eficaz para tratamento da FA. Em nosso segundo estudo, avaliamos a diferença dos resultados do procedimento, em função da curva de aprendizado da equipe. Para esta análise, os pacientes foram divididos em quartis de acordo com a ordem cronológica de realização dos procedimentos, sendo o quartil um o mais remoto e o quartil quatro o mais recente. A distribuição das variáveis idade, aumento de AE, CHA2DS2VASc, classificação da FA e taxa de recorrência no Blanking foram semelhantes entre os quartis e não apresentaram diferença estatística significante. Observamos uma diminuição progressiva da taxa de recorrência até um ano, uma diminuição progressiva das variáveis tempo de fluoroscopia e tempo de AE e um aumento progressivo da proporção de pacientes que atingiram critérios estabelecidos de eficácia da lesão tecidual (tempo para isolamento da veia menor 40 segundos e temperatura mínima de resfriamento menor que -40°C). Em nosso segundo estudo a análise evolutiva das variáveis em função das datas dos procedimentos sugeriu uma estabilização da curva de aprendizado a partir de 100 procedimentos realizados. |