Comparação dos efeitos esqueléticos, alveolares e dentários após expansão rápida da maxila dento-suportada e dento-ósseo suportada em pacientes pós-surto de crescimento puberal: estudo feito a partir de medidas angulares
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Odontologia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Odontologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20362 |
Resumo: | A expansão rápida da maxila (ERM) é um procedimento auxiliar do tratamento ortodôntico que visa o aumento no sentido transversal da maxila, proporcionando também um movimento de rotação do complexo zigomático-maxilar. O objetivo deste estudo é avaliar os efeitos na base óssea, no processo alveolar da maxila e nos primeiros molares superiores, através de medidas angulares, após ERM com expansor dento-suportado do tipo hyrax e com expansor dento-ósseo suportado (técnica MARPE), e identificar o fulcro de rotação após tratamento com as duas técnicas. Para isto, foram selecionados 31 pacientes (grupo HYRAX: n = 17, média de idade de 14,7 + 0,8 anos; grupo MARPE: n = 14, média de idade de 16,2 + 2 anos) com indicação de ERM, submetidos a tomografia computadorizada de feixe cônico em três tempos: antes da ERM (T1), após ERM (T2) e após seis meses de contenção (T3). As tomografias foram orientadas e sobrepostas na base do crânio utilizando o software Dolphin Imaging, para que as medidas de interesse fossem realizadas pelo mesmo examinador de forma aleatória. Todo processo de manipulação e mensuração das tomografias foi refeito em seis pacientes, com intervalo de 15 dias, para avaliar o erro de método. Para análise estatística, foi utilizado o software Jamovi versão 2.3.21. O Índice de Correlação Intraclasse (ICC) foi maior do que 0,90 para todas as medidas, demonstrando uma replicabilidade excelente do método. No grupo HYRAX, o fulcro de rotação foi localizado na altura da sutura frontozigomática (SFZ) ou abaixo desta, enquanto no grupo MARPE o fulcro foi localizado na altura da SFZ ou acima desta. No grupo HYRAX, observou-se que 47% (1,54o) da resposta obtida foi de origem dentária, 20% (0,68o) de origem alveolar e 33% (1,09o) de origem esquelética, enquanto no grupo MARPE a resposta esquelética foi de 70% (2o), a resposta alveolar foi de 18% (0,52o) e a resposta dentária foi de 12% (0,34o), havendo diferença estatisticamente significativa entre os grupos nas regiões esquelética (p = 0,005) e dentária (p < 0,001). Em relação à fase de contenção, o grupo HYRAX apresentou recidiva de 50% na região esquelética, 53% na região alveolar e 32% na região dentária, enquanto o grupo MARPE apresentou recidiva de 41% na região esquelética, 27% na região alveolar e 28% na região dentária, não havendo diferença estatisticamente significativa entre os grupos. Como conclusão, apesar de ambas as técnicas terem sido eficientes na correção da deficiência transversa inicial, sem diferença em relação à estabilidade dos resultados, a diferença encontrada entre os grupos sugere que a expansão dento-óssea suportada (técnica MARPE) deve ser indicada para casos limítrofes, em que se deseja o mínimo de movimentação dentária compensatória. |