Evolução das taxas de hospitalização e mortalidade por doença pneumocócica invasiva em municípios da Região Sudeste do Brasil, no período de 2005 a 2015.
Ano de defesa: | 2018 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/3921 |
Resumo: | O presente estudo avaliou a evolução das taxas de hospitalização e mortalidade por doença pneumocócica invasiva (DPI) em crianças menores de 1 ano, nos municípios da região sudeste do país. Foram descritas as evoluções das taxas no período de 2005 a 2015, pré e pós introdução da vacina no programa nacional de imunização, nos municípios com mais de 100 mil habitantes e analisados os efeitos dos fatores socioeconômicos, acesso aos serviços de saúde, cobertura vacinal e esquema vacinal adotado. Trata-se de um estudo ecológico, no qual utilizou-se o modelo de regressão de joinpoint para descrever potenciais modificações nas tendências das taxas ao longo dos anos e o modelo de regressão de Poisson multinível para analisar os efeitos das variáveis independentes sobre as taxas. Tendências decrescentes foram identificadas tanto para as taxas de hospitalização, quanto para mortalidade. A introdução da vacina esteve associada a uma redução de 14% (RT=0,86; intervalo de 95% de confiança: [0,85-0,86]) na taxa de hospitalização e de 6% (RT=0,94 [0,90-0,97]) na mortalidade. No período pós-vacinal, após 2010, os resultados demonstraram que o índice de desenvolvimento humano municipal esteve associado a menores taxas de hospitalização e de mortalidade (RT=0,738 [0,577-0,943] e RT=0,467 [0,386-0,565], respectivamente). Maiores coberturas vacinais estiveram associadas a menores taxas de hospitalização (RT=0,995 [0,992-0,998]) enquanto o acesso a serviços de saúde apresentou relação direta com hospitalização (RT=1,22 [1,118-1,331]). O esquema vacinal com doses aos 3-5-7 meses em comparação ao esquema aos 2-4-6 meses associou-se a maior mortalidade (RT=1,921 [1,62-2,278]), enquanto o acesso aos serviços de saúde implicou em menor mortalidade (RT=0,906 [0,839-0,979]). As taxas de mortalidade não apresentaram padrão de evolução temporal similar às de hospitalização, com queda observada já no período pré-vacinal, o que pode estar relacionado a outros aspectos de ordem socioeconômica. Os resultados destacam a importância e as dificuldades das pesquisas realizadas com dados oriundos dos sistemas de informação de saúde e apontam para a necessidade da continuidade de estudos que busquem a compreensão do fenômeno por meio de diferentes abordagens, contribuindo para o aperfeiçoamento dos serviços de vigilância e para a consolidação das políticas públicas em saúde. |