Classes médias brasileiras: equidade, “des-ordem” e conflito no Brasil contemporâneo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Leal, Jana Martins
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Estudos Sociais e Políticos
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Sociologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19508
Resumo: Esta tese teve como objetivo central investigar em que medida as mobilizações a favor e contra a presidente Dilma Rousseff, que possuíam parcelas significativas das classes médias, estiveram relacionadas a mudanças estruturais que essas classes sofreram ao longo dos anos 2000 no Brasil. Esta pesquisa, baseada na teoria bourdieusiana, partiu da premissa de que o consumo é um componente importante para a distinção social entre classes. Com base nisso, foram realizadas análises comparativas entre os bancos de dados da POF de 2002 e 2008 que apresentam informações sobre o perfil de consumo da população brasileira. As análises dos dados, por meio da metodologia de Análise de Correspondência Múltipla, mostraram que os padrões de consumo das classes baixas e da classe média baixa melhoraram. O que representou, ao mesmo tempo, a popularização dos estilos de vida das classes superiores e média alta e uma diminuição relativa de seu capital econômico e simbólico. Os resultados obtidos permitiram, então, uma explicação teórica sinóptica, baseada nos sentimentos antagônicos de privação relativa das classes, gestados em meio a essas mudanças. Esses sentimentos formaram o argumento central da explicação da raiva expressa nos protestos a favor e contra o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff e parcialmente também da ascensão da extrema direita no Brasil.