Utilizando jogos clássicos adaptados como recurso docente no ensino de genética

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Teixeira, Igor dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ensino de Biologia, Mestrado Profissional em Rede Nacional (PROFBIO)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20761
Resumo: Há uma grande dificuldade no processo de ensino-aprendizagem do conteúdo de genética no ensino médio, tanto na elucidação dos conceitos pelos professores, onde diversos motivos são evidenciados, quanto para a compreensão destes pelos alunos por exigir um alto nível de abstração, falta de contextualização e significado no cotidiano. Neste trabalho, como alternativa de intervenção enquanto instrumento facilitador para apreensão dos temas relacionados a genética, quatro jogos foram desenvolvidos baseados em jogos clássicos (dominó, jogo da memória, pega-varetas, batalha naval e uno). Três dos jogos foram previamente desenvolvidos pelo professor (Dominética, Pega-alelos e Batalha dos cromossomos) e aplicados nas turmas; um quarto jogo foi desenvolvido pelos alunos (Trinca), através de uma abordagem de ensino por investigação, incentivando assim o protagonismo discente estimulado pelas novas tendências de ensino, sendo os mesmos aplicados no escopo de planejamento de sequências didáticas. O jogo Dominética é um jogo de dominó adaptado com o objetivo de desenvolver os temas pareamento de bases nucleotídicas, transcrição e tradução, além de conceitos como mutação, polimorfismo de única base (SNP) e enzima de restrição. O jogo Pega-alelos, que é uma adaptação integrando os clássicos pega-varetas e jogo da memória, aborda temas como cariótipo humano, fenótipo, genótipo, locus gênico, alelos, genes, dominância, recessividade e configuração espacial das proteínas. O terceiro jogo, Batalha dos cromossomos, intenciona desenvolver no aluno a noção de conjunto cromossômico e morfologia cromossômica, associando aos tipos de divisão celular e às doenças genéticas. O jogo Trinca, desenvolvido pelos alunos, se baseou no jogo uno, onde os mesmos propuseram trabalhar o desenvolvimento dos conceitos de replicação do DNA, transcrição e tradução. A pesquisa aconteceu em uma escola da rede pública estadual do Rio de Janeiro, localizada no município de São Gonçalo com 41 alunos do 3° ano do Ensino Médio. Também participaram da pesquisa 18 professores da rede pública e privada de ensino. Todos os participantes, alunos e professores, responderam a um questionário com perguntas semi-estruturadas para avaliarem a exequibilidade dos jogos em relação ao seu potencial como ferramenta de ensino. Os resultados obtidos indicaram que os jogos didáticos facilitam o aprendizado da genética, mesmo que apresentando alguma limitação em termos conceituais relacionados as analogias que inferem e abrem caminhos para a adoção e pesquisa de metodologias ativas no ensino de genética.