Atividade da naftoquinona sintética LQB-166 em Leishmania (Viannia) braziliensis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Meira, Rafaella de Miranda Villarim
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Microbiologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14444
Resumo: As leishmanioses são doenças negligenciadas que apresentam diversas formas clínicas e são causadas por protozoários do gênero Leishmania. No Brasil, a leishmaniose cutânea e mucosa tem como principal agente a Leishmania (Viannia) braziliensis. Os fármacos disponíveis para terapêutica dessas doenças são tóxicos, caros e a resistência do parasito é um problema crescente. Diante desse cenário torna-se necessário expandir as alternativas para tratamento das leishmanioses. Naftoquinonas são moléculas bioativas com atividades antitumorais e antiprotozoários. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da naftoquinona LQB-166 (2-hidroxi-3-fenil-1,4-naftoquinona) sobre L. (V.) braziliensis in vitro e em modelos de infecção experimental. A LQB-166 apresentou atividade in vitro sobre promastigotas (IC50 = 598 ± 70 μM) e amastigotas intracelulares (IC50 = 193 ± 19 μM) de L. (V.) braziliensis com baixa toxicidade para os macrófagos (LC50 = 3200µM). Os macrófagos infectados com L. (V.) braziliensis e tratados com LQB-166 apresentaram uma significativa redução sobre o número de amastigotas intracelulares. O tratamento de macrófagos infectados com LQB-166 não induziu o aumento de óxido nítrico, mas aumentou significativamente a produção de citocinas pró-inflamatórias (IL-6, TNF, MCP-1) e anti-inflamatória (IL-10). In vivo a LQB-166 foi capaz de controlar o tamanho da lesão e diminuir significativamente a carga parasitária (p<0,001) em camundongos BALB/c. Nos hamsters tratados com a LQB-166 a diminuição da lesão foi pequena, mas a redução da carga parasitária na pata infectada e no linfonodo drenante foi significativamente reduzida (p<0,001). Esses dados mostram que a LQB-166 tem atividade contra L. (V.) braziliensis in vitro e in vivo, sendo uma molécula promissora para continuação dos estudos pré-clínicos.