Comparação de achados de radiografia simples e tomografia computadorizada do tórax com testes de função pulmonar em pacientes pós-infecção por SARS-CoV-2
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22583 |
Resumo: | Em dezembro de 2019, em Wuhan, China, identificaram uma síndrome respiratória aguda por um novo coronavírus, que desencadeou uma pandemia a partir de 2020. A síndrome foi denominada de coronavirus disease-19 (COVID-19) e o agente, o severe acute respiratory síndrome coronavírus-2 (SARS-CoV-2). Evidências mostram que vários sintomas permanecem após a fase inicial da doença, caracterizando a síndrome pós-COVID / COVID de longa duração. Sintomas e sinais mais prevalentes desta síndrome são odinofagia, fadiga, tosse crônica, dor torácica, dispneia, palpitações, diarreia, náuseas, distúrbios do sono e emocionais. Semelhante ao ocorrido com surtos dos coronavírus SARS-CoV-1 e MERS-CoV. presume-se que alterações pulmonares residuais persistam após a infecção inicial. Este estudo observacional em pacientes com COVID de longa duração teve por objetivo avaliar alterações parenquimatosas em radiografias simples (RX) e tomografias computadorizadas (TC) de tórax e sua correlação com os testes de função pulmonar (TFP- espirometria e oscilometria de impulso-IOS), realizados em indivíduos adultos, que tiveram COVID e apresentavam sintomas após 3 semanas ou mais após a fase aguda. Foram feitas análises comparativas entre os aspectos de imagens, padrões de comprometimento pulmonar , quadros clínicos e provas de função respiratória. A análise descritiva foi apresentada na forma de tabelas dos dados observados, frequência, percentagem e gráficos ilustrativos para dados categóricos. A análise inferencial foi composta pelo teste de qui-quadrado exato de Fisher para avaliar as interrelações entre as variáveis clínicas relacionadas ao COVID, espirometria, FOT, TC e RX. A maioria dos pacientes estava abaixo dos 60 anos, 59,6% eram do sexo feminino e 42,6% obesos. Os sintomas mais prevalentes na fase pós-aguda: dispneia, fadiga e tosse (72,3%, 63,8% e 34,0%) e predominaram nos pacientes com quadros de moderada gravidade na fase aguda (53,2%). Os pacientes estiveram internados por uma média de 14 dias, sendo que 68,1% necessitaram de oxigenioterapia e a maioria não precisou de ventilação mecânica (87,2%). Nos achados na espirometria, 54,5% dos pacientes apresentaram resultados normais e a maior parte dos achados alterados era de padrão restritivo (34,1%). No grupo com alteração nas provas de função respiratória, os pacientes internados apresentavam maior alteração na IOS (78,9%; p = 0,05). Os achados mais comuns nas TCs foram opacidades em vidro fosco (72,3%), espessamentos septais (61,7%), bandas parenquimatosas (57,4%), aprisionamento aéreo (36,2%) e linhas subpleurais (27,7%). Os padrões tomográficos mais observados foram de reabsorção (63,8%), doença de vias aéreas (aprisionamento aéreo- 42,6%) ; lesões semelhantes à fibrose (46,8%). Nos RX, os achados mais frequentes foram indefinição da trama vascular (67,4%) e distorção arquitetural (14,0%). Os achados radiográficos e tomográficos da COVID-19 pós-aguda estiveram de acordo com os descritos na literatura, em destaque opacidades em vidro fosco, bandas parenquimatosas, aprisionamento aéreo, opacidades lineares subpleurais e os padrões de reabsorção, doença de vias aéreas e lesões semelhantes à fibrose na TC. Também avaliamos que padrões restritivo e obstrutivo na espirometria, correlacionavam-se com a maior presença de alterações na IOS (doença de pequenas vias aéreas). |