Maria Firmina dos Reis: a escrita de uma mulher no Brasil oitocentista
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/6306 |
Resumo: | Maria Firmina dos Reis, em sua escrita, abordou importantes temas, como a submissão aos homens que era imposta às mulheres na sociedade brasileira oitocentista e o problema ético da escravidão. Estudar sua obra é importante para entender o contexto histórico de meados do século XIX sob a perspectiva de uma mulher negra e nordestina do período. Neste momento histórico, morar fora da capital do império significava estar à margem da elite intelectual do Brasil e ter poucas chances de entrada no mercado literário a nível nacional. Como mulher negra em plena vigência da escravidão, Maria Firmina contava com o peso de sua cor como elemento que a colocava ainda mais distante do seleto clube das pessoas que deveriam ser lidas e ouvidas. Por mais que Maria Firmina dos Reis estivesse numa situação de privilégio por ser livre, letrada e ter um emprego, ela serve de fonte para compreendermos um pouco melhor a literatura do período com viés de gênero, classe e raça, inclusive na comparação com escritores homens contemporâneos, como José de Alencar, que, também nordestino, porém homem branco e de classe econômica privilegiada, teve a oportunidade de se firmar como escritor e alcançar reconhecimento, se firmando inclusive como um dos maiores nomes da literatura nacional. Refletir sobre o apagamento histórico sofrido pelas mulheres escritoras e pensar estratégias para trazer visibilidade ao seu trabalho é de extrema importância para que o estudo da literatura não siga restringido aos mesmos autores homens e brancos de sempre, como se o fazer literário lhes fosse um monopólio inquestionável |