Úrsula: Intersecções no romance inaugural de Maria Firmina dos Reis
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21025 |
Resumo: | A presente pesquisa tem como intuito analisar o romance Úrsula (1859), da escritora e professora Maria Firmina dos Reis, a partir de uma abordagem interseccional. A autora viveu boa parte de sua vida em Guimarães, região provinciana do Maranhão. Foi uma das precursoras da literatura brasileira e uma das primeiras intelectuais negras do Brasil. A autora fundou uma das primeiras escolas mistas brasileiras e é reconhecida como uma das pioneiras na denúncia do regime escravocrata, por meio de Úrsula, que foi publicado pela Tipografia do Progresso. A primeira edição do romance, assinada como “uma maranhense”, já denunciava um recurso comum que invisibilizava as escritoras no século XIX, de ocultar suas respectivas autorias. O prólogo do romance também revela outras estratégias que as autoras oitocentistas utilizavam para adentrar no espaço enunciativo. Úrsula questiona os valores de uma sociedade escravocrata do século XIX, além de interpelar as noções de uma sociedade patriarcal. A autora foi silenciada da literatura brasileira por mais de um século, até que seu romance de estreia foi revisitado em 1975 por Horácio Almeida, o responsável pela segunda edição fac-símile. A obra de Maria Firmina dos Reis ficou por muito tempo apagada do cânone literário, e somente há pouco tempo sua escrita e trajetória vêm sendo rememoradas por estudiosos da autora e de sua produção. Sua narrativa inaugura a subjetividade dos personagens negros dentro da prosa em língua portuguesa. E Úrsula instaura um marco no romance brasileiro, questionando as noções raciais e de gênero no Brasil oitocentista. Para fundamentar a pesquisa, utilizaremos diversos estudos, entre os quais se destacam as produções de Miranda (2019), Machado (2019), Lobo (2014), Duarte (2018), Diogo (2020) Gomes (2022), Silva (2013) e Muzart (1960) |