Mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira : a heteronormatividade na narrativa da trajetória escolar de mulheres lésbicas e bissexuais
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10704 |
Resumo: | Na escola, tende a operar uma norma social, na qual o padrão heterossexual de conduta seria o único a ter validade e reconhecimento: a heteronormatividade. Neste trabalho, discuto sobre os sentidos da heteronormatividade usualmente prevalente na educação escolar, a partir da problematização de enunciações de mulheres lésbicas e bissexuais a respeito de suas trajetórias escolares, construídas em entrevistas narrativas. Com base em teorizações a respeito da performatividade e iterabilidade da linguagem, de Jacques Derrida, bem como nas discussões sobre gênero, desenvolvidas por Judith Butler e Joan Scott, e de entrevista narrativa e espaço biográfico, conforme propostos por Leonor Arfuch, defini as chaves interpretativas para o questionamento dos registros das entrevistas narrativas realizadas. A pesquisa possibilitou reafirmar a urgência em se abordar temáticas relativas ao gênero e à sexualidade na educação escolar, como forma de combate ao preconceito e à discriminação por orientação sexual e performance de gênero, na medida em que desconstrói a ideia de que existe uma verdade sobre o sexo, uma única e correta forma de performatizar o gênero. Nas narrativas construídas na pesquisa, explicita-se que a vivência escolar tende a ser um processo menos opressivo quando os discursos afirmados no espaço-tempo da escola são o de valorização da diferença e não a repetição constante do imperativo da heteronormatividade. Concluo ainda que a disseminação naturalizada da heteronormatividade pode causar formas diversas de prejuízo para as estudantes, independentemente de terem ou não uma orientação sexual e/ou performatividade de gênero não normativa |