Cosmogenética em Novalis: uma construção trina de mundo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, Rodrigo Mello da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18425
Resumo: O presente estudo potencializa o conceito de idealismo mágico no autor romântico Novalis para discutir como seja possível a construção de três mundos: Mágico, Poético e Confuso. Parte-se assim de um pressuposto que é um outro ethos filosófico, o de que o fundamento último da realidade talvez não seja uma estabilidade sólida, mas uma dinâmica perpétua e fluida, pervertendo assim o seu sentido negativo e transformando-o em um campo infinitamente profícuo. Em tal registro, não há privilégio antropológico e perverte-se até mesmo a questão do Eu enquanto fundamento da realidade, para que a alteridade e o transumanismo sejam entendidos como produtores do discurso, e, nessa medida, criadores legítimos de mundo. Nesse sentido, a pergunta quem fala? opera como um vetor de chamamento: a alma fala (magia) ao espírito (poesia), que por sua vez fala ao corpo (confuso). Como vetor sonoro do chamamento de tais falas (que são o campo semântico de cada mundo), há o debate sobre as atitudes fundamentais dessa dinâmica: mundanismo, transmundanismo e intermundanismo. Tal falatório é, de fato, uma territorialização mágica, e, aqui, mais do que palavras, linguagem ou discurso, a questão do ato da fala assume seu caráter sumamente cosmogenético, pois é a magia plasmadora feérica da realidade. O caráter ficcional se confunde a todo tempo com o caráter histórico, e, nesse sentido, se discute a importância das cenas arquetípicas fundamentais que efetuam seu chamamento aos habitantes de cada mundo: a era de ouro.