Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Silva, Daniele Vieira da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-10112017-042447/
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Resumo: |
Introdução: O Diagnóstico de Enfermagem Confusão Crônica (DCC) foi criado em 1994 e até o momento nenhum estudo realizou sua validação clínicopatológica. Como as principais causas de DCC são as demências, a única forma de validação, com base no diagnóstico definitivo, é a autópsia encefálica que é considerada padrão-ouro. Objetivo: Realizar a validação clínicopatológica do DCC. Método: Por meio de um estudo transversal, foram analisados 548 casos completos de indivíduos falecidos pertencentes à casuística do Banco de Encéfalos Humanos da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, no qual foram extraídos dados clínicopatológicos. O DCC foi definido em cada caso por meio de consenso diagnóstico. Para a validade de critério do DCC foram utilizados os testes de correlação, regressão logística e curva Receiver Operating Characteristic (ROC). Resultados: Dos 548 indivíduos, 26,3% tinham DCC, em relação à validade de critério, o DCC correlacionou-se com o Clinical Dementia Rating (CDR) (r = 0,68; p < 0,0001), com o Informant Questionnaire on Cognitive Decline in the Elderly (IQCODE) (r = 0,47; p < 0,0001) e obteve uma associação significativa estatisticamente com o diagnóstico neuropatológico (p < 0,0001). Os principais preditores neuropatológicos de DCC foram: Demência Vascular (OR = 18,00; p < 0,0001), Demência Mista (OR = 9,58; p < 0,0001), Degeneração Lobar Frontotemporal (OR = 9,58; p = 0,004) e Doença de Alzheimer (OR = 9,00; p < 0,0001). A melhor capacidade preditiva foi para o diagnóstico de Demência Vascular (AUC = 0,717; IC 95% 0,629-0,806). Ter DCC presente aumenta em 7,16 vezes a chance de apresentar alteração neuropatológica compatível com doença neurodegenerativa. Conclusão: De um modo geral, o DCC apresenta boas evidências de validade de critério em relação ao diagnóstico padrão-ouro das principais doenças neurodegenerativas. No entanto, ainda carece de refinamento e melhor exploração de suas características definidoras de modo a ampliar sua capacidade diagnóstica em relação a outras condições neurodegenerativas. Os fatores relacionados apresentados no DCC aprovado pela NANDA Internacional, Inc. (NANDA-I) necessitam de revisão, a partir dos resultados do presente estudo. |