Crise da ciência política behavioralista e as origens os think tanks nos Estados Unidos
Ano de defesa: | 2017 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Estudos Sociais e Políticos BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciência Política |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12472 |
Resumo: | A formação do espaço institucional dos think tanks, atualmente o principal meio de vinculação entre poder político e produção intelectual nos Estados Unidos, foi um ele-mento crucial para a consolidação e a ascensão do moderno movimento conservador nas últimas décadas neste país. Mais do que simplesmente se opor ao conteúdo ideológico específico do chamado consenso liberal do pós-guerra, o que contribuiu decisivamente para a acentuada guinada à direita na política estadunidense, os think tanks, preponderan-temente conservadores, cristalizaram uma nova matriz de produção discursiva e de exer-cício do poder político, convencionalmente caracterizado como mercado de ideias . A hipótese central do trabalho é que esta nova matriz discursiva, balizada pela noção de equilíbrio na oferta de opiniões ideológicas antagônicas, emergiu em oposição à antiga matriz de produção discursiva liberal ancorada nas noções de objetividade e neutralidade científicas, estabelecidas, por sua vez, pelo aparato acadêmico estadunidense, particular-mente no campo das ciências sociais, com o advento da revolução behavioralista , no contexto determinante da Guerra Fria. O objetivo desta tese é desvendar a gênese desse novo tipo de intelectual coletivo e, mais apropriadamente, de sua matriz discursiva, hoje capaz não somente de influir e moldar a adoção de políticas públicas específicas, como usualmente se argumenta, porém, muito mais importante, capaz de estabelecer o próprio horizonte ideológico dentro do qual tais políticas passam a ser legitimamente concebidas, debatidas e viabilizadas. Defende-se, assim, que a emergência desse fenômeno somente foi possível devido a uma forte crise no interior da própria academia de Guerra Fria, sim-bolizado pela rebelião estudantil nos campi universitários e, o que é menos lembrado, pela significativa insurgência de profissionais nas disciplinas de ciências sociais, em par-ticular, a que me proponho a analisar neste estudo, a ciência política. |