Indignadas e indignados do mundo, uni-vos! Provas ativistas e os desafios da solidariedade internacionalista com o México na era da individualização
Ano de defesa: | 2018 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Estudos Sociais e Políticos BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Sociologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/15445 |
Resumo: | Este trabalho busca identificar os desafios cotidianos enfrentados por ativistas internacionalistas para construir solidariedade com o México desde Barcelona. Chamo solidariedade indignada o momento de relação internacionalista com o México, que desponta em 2011 e tem como marco as ações do Movimiento por la Paz y la Dignidad (2011), de apoio ao #YoSoy132 (2012), e por Ayotzinapa (2014), e sinaliza uma inflexão com o momento da solidariedade zapatista. A partir de entrevistas com ativistas em Barcelona, cidade chave na solidariedade com o México desde os tempos do Zapatismo, cartografou-se três grandes desafios que compõem um retrato da solidariedade contemporânea, a saber: i) as conexões geográficas, ou seja, as pontes entre os diferentes imaginários políticos, corações e contextos; ii) o tempo, isto é, a habilidade em responder à urgência do contexto e conciliá-lo com o trabalho, com as dinâmicas da vida e com tantas outras lutas importantes; iii) a participação/vinculação entre indivíduo e coletivo, que diz respeito aos arranjos entre as necessidades individuais e os projetos coletivos. Em diálogo com a Sociologia dos Movimentos Sociais, inspirada por Alain Touraine e com os aportes de Kathya Araujo e Danilo Martucelli, à Sociologia da Individualização; a abordagem proposta aqui coloca o indivíduo ativista no centro das análises. Utilizando o operador analítico das provas, analiso a solidariedade contemporânea a partir das formas singulares pelas quais os ativistas enfrentam os desafios que se impõem à militância. As provas são desafios de caráter estrutural e cotidiano, postas para todos os indivíduos, embora as enfrentem de forma diferente. Tal abordagem é parte de um conjunto de esforços que tentam dar conta da emergência do indivíduo, decorrente do processo de individualização, e do fato de que estes são produtores ativos das sociedades. A escolha dessa abordagem teórico-metodológica permite conectar os ativistas e o ativismo com as transformações societárias, sejam elas de ordem tecnológica, trabalhista ou de outra natureza. |