[en] SINGULARIST SOCIETY AND INDIVIDUALIZATION IN THE RISE OF COLETIVOS: NEW FORMS OF POLITICAL MOBILIZATION IN CONTEMPORARY BRAZIL

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: MARINA HADDAD TOVOLLI
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=69323&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=69323&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.69323
Resumo: [pt] Esta tese investiga a emergência e proliferação de coletivos como uma nova forma de mobilização política no Brasil contemporâneo. Argumenta-se que esses coletivos refletem um processo mais amplo de radicalização da individualização, relacionado ao que Danilo Martuccelli descreve como sociedade singularista. Embora reconheça-se a relevância da crise da democracia e do sistema representativo na ascensão dos coletivos, esta tese defende que o fenômeno vai além da esfera política e do debate sobre democracia, inserindo-se num contexto mais amplo de diferenciação social, transformações morfológicas e de valores individualistas no Brasil. Os coletivos representam uma nova forma de articulação entre o singular e o comum, onde a individualização e o crescente desejo de autonomia individual não resultam em um afastamento do mundo político ou um desinteresse pela vida coletiva. A análise qualitativa de entrevistas com ativistas de coletivos na cidade do Rio de Janeiro revela que essas novas formas de mobilização política não apenas refletem o processo de individualização radicalizada, mas também contribuem para a construção de uma sociedade singularista. Nessa sociedade, a singularidade emerge como uma nova forma de fazer vínculo e de fazer a sociedade. O singularismo prevê uma consciência socializada de si, ou seja, a singularidade dos indivíduos só pode ser afirmada por meio do reconhecimento do comum. Esta tese, portanto, procura ampliar a compreensão das transformações sociais no Brasil, relacionando a radicalização da individualização e a diferenciação social com a multiplicação de novas formas de mobilização política.