O estado de alienação e o processo de des-alienação do espírito na natureza: uma investigação sobre a imanência do espírito e da ideia na filosofia da natureza de Hegel

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Ramos, Helena Wergles
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12208
Resumo: O principal objetivo do presente trabalho consiste em demonstrar que, segundo a Lógica, a Filosofia do Espírito e a Estética de Hegel, os âmbitos da natureza e do espírito, tal como descritos pelo autor, não podem ser concebidos como âmbitos isolados entre si, mas devem ser tidos antes como domínios interligados por dois importantes fundamentos conceituais, a saber: em primeiro lugar, Hegel concebe tanto o espírito quanto a natureza como modos de manifestação da Ideia Absoluta; em segundo lugar, Hegel define a natureza como o espírito alienado de si. Sendo assim, investigaremos em que consiste tal estado de alienação e o modo como o mesmo se torna evidente em meio às considerações do autor sobre a natureza, bem como o modo pelo qual tal alienação é, por assim dizer, superada pelo próprio espírito imanente à natureza, superação esta que o conduz ao reino da consciência. Entretanto, é importante ter em mente desde já que a suspensão deste estado de alienação não ocorre de forma repentina: ao contrário, a assim chamada des-alienação do espírito se dá por meio de um processo gradual, onde a essência espiritual da natureza se torna mais manifesta à medida que o auto-movimento torna-se perceptível como algo imanente aos seres naturais, tendo como ápice de sua manifestação a natureza orgânica. Nesta forma de existência natural, a alma ― termo cunhado a partir do termo latino anima, a fonte de animação dos organismos em geral ― lhes empresta a vitalidade que lhes é própria, vitalidade esta que, como veremos, consiste na forma de expressão mais elevada da presença do espírito na natureza.