A produção do espaço do Vidigal. Os diferentes papéis na transformação da favela; do Estado aos agentes microlocais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Pinto, Renato Garcia Freire Soares
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Geografia - Faculdade de Formação de Professores (FFP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/13465
Resumo: O trabalho se propõe a compreender a dinâmica urbana da Favela do Vidigal a partir das ações e agentes capitalistas que ali atuam, levando em consideração os processos e agentes externos e macrossociais que deram origem a favela, passando pelas lutas contra a remoção, até o surgimento dos projetos de urbanização, segurança e no caso especifico do Vidigal, de turistificação. A partir da teoria da produção do espaço, dentro do modelo capitalista, buscaremos, juntamente com o processo de expansão urbana do Rio de Janeiro, o diálogo entre a teoria clássica e prática, buscando compreender a expansão do vetor urbano rumo a Zona Sul, evidenciando dessa forma a confluência entre diversos agentes, tanto na produção física do espaço, quanto na construção de um imaginário baseado em signos específicos pautados pela luta de classes no tecido do espaço urbano. Partindo da transformação do espaço em produto de interesse do capital, evidenciaremos a desigualdade do processo de produção do espaço urbano carioca, utilizando os conceitos de valor do espaço e de sua produção baseada no trabalho. A partir desse espaço, visto como produto e processo de produção da mais valia do capital, juntaremos a teoria de produção do espaço com a realidade e expansão espacial do Rio de Janeiro, buscando dentro do desse contexto, a gênese, expansão e reprodução da favela. A escolha do Vidigal como recorte espacial busca demonstrar tal processo desigual de produção e reprodução do espaço urbano através de suas particularidades e desigualdades, que especificamente nesse objeto, de grande complexidade, podem ser vistos uma ampla gama de ações e agentes, públicos e privados, transformando-o em uma referência para a análise das diferentes relações e escalas de produção do espaço. O Vidigal colocado como objeto para uma análise revela as contradições e transformações históricas na dinâmica desigual de expansão urbana carioca, que tem na favela um de seus principais produtos. Essas contradições, pautadas pela luta de classes, se materializam no Vidigal através das tentativas de remoção e mais recentemente nas iniciativas e ações relacionadas ao ordenamento, urbanização e segurança, que de certa forma, ao modificarem ideias pré-estabelecidas, potencializam o surgimento de novos agentes, que com seus investimentos, principalmente os relacionados ao turismo, modificam a estrutura de reprodução espacial estabelecida, trazendo novos sentidos e impactos ao cotidiano da favela e do morador.