A produção de narrativas audiovisuais sobre e contra a homofobia em processos de formação e autoformação para a docência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Reis, Vinicius Leite
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10789
Resumo: A homofobia é mais que um preconceito, é um tipo de conhecimento e uma prática de exclusão e violência aos quais determinados corpos estão submetidos dentrofora das escolas. Entender e intervir em alguns dos processos discursivos, verbais e não verbais, em especial os audiovisuais, que produzem e significam nas/com as diversas redes educativas uma diferença relacionada às normas de gênero e à regulação das sexualidades, e que desqualifica e inferioriza determinados sujeitos, modos de viver os prazeres e as potências dos corpos e de experienciar o mundo, é o ponto de partida desta dissertação em que me coloco enquanto corpo-sujeito-pesquisador-gay. Busquei com essa pesquisa nos/com os cotidianos da Faculdade de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação (ProPEd) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) pensar tais processos, seus modos de funcionamento, suas ambiguidades e as possibilidades de desnaturalizá-los em contextos de formação e autoformação para a docência, bem como na/com a própria prática de fazer ciência e de comunicar seus achados. Com esse propósito, e no caminho que fui construindo para a investigação, revisitei minhas memórias de escola e os conhecimentos sobre escolarização que com elas fui/vou criando e transformando e refleti sobre as minhas experiências engendradas com as múltiplas práticas com audiovisuais que realizei antes e durante os espaçostempos do curso de Mestrado. A seguir, apresento e analiso, conforme a proposta que moveu essa pesquisa, duas atividades que coordenei e que foram realizadas com as estudantes de Pedagogia da UERJ, no período entre setembro à dezembro de 2016 e de março à junho de 2017, na disciplina Pesquisa e Prática Pedagógica Audiovisualidades e redes de significações sobre gênero e sexualidade , ministrada por minha orientadora: uma curadoria de vídeos contra a homofobia produzidos como trabalhos escolares e compartilhados no YouTube e a produção de dois audiovisuais contra homofobia, um documentário e uma ficção. Destaco que esse estudo se insere em meio a uma audiovisualização das culturas sem precedentes, seja por meio das mídias tradicionais ou das redes sociais na internet, e em um momento político em que o governo brasileiro que não reconhece a homofobia como um preconceito a ser combatido nas/com as escolas, o que o torna urgente e relevante para a área da Educação. Após a análise dos dados coletados e criados, sugiro que com a produção de audiovisuais as estudantes puderam vivenciar uma experiência que, não fosse pelo deslocamento de seus corpos para performar um outro modo de vida, não teria atravessado seus corpos. Por fim, defendo que, nesse caminhar, meu processo de formação para a docência está entrelaçado com a formação das futuras professoras e que é necessário audiovisualizar a ciência