Violência da estética cinematográfica: inquietações do olhar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Lopes, André Luis de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicanálise
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14571
Resumo: A conexão entre psicanálise e cinema foi abordada ao longo desta tese, tendo como foco a violência da estética e uma forma de abordá-la no cinema. Ao imprimir movimento nas grandes telas, o cinema, de maneira inédita, surgiu como um modo de expressão artística que, às portas do século XX, instaurou novos paradigmas no que tange à relação do sujeito com a imagem. A função do olhar, além de promover um descentramento subjetivo, revelou a Freud que o eu perde o domínio sobre a sua própria casa, intervindo a todo o momento na relação, para sempre traçada, entre o sujeito e a imagem do seu corpo. A clínica psicanalítica convoca o sujeito a falar dessa estranha experiência que domina o campo da imagem, desse mal-estar que aí se faz presente, evidenciando sua dimensão traumática e atestando a força significante da imagem. Segundo Lacan, é possível, com a arte, tocar ou tangenciar o real, e a função do belo vem delimitar o horror dessa proximidade. O cinema constitui-se como uma forma particular dessa aproximação que se inscreve para além do visível nas sequências fotográficas, e que se articula nos interstícios temporais que as delimitam. Colocar em jogo, com o cinema, o movimento na imagem, permite trazer para o centro da discussão o sujeito e o violento ato criativo, enquanto ato de destruição que engendra o novo. Ao longo da tese, o cinema de Michael Haneke foi privilegiado nas construções e elaborações que se desdobram, tendo como eixo sua proposta de explorar a violência no cinema e na mídia, por meio de temas como ódio, crueldade, perversão, intolerância e amor