Gozo místico: testemunho do feminino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Souza, Cristiane de Almeida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicanálise
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14656
Resumo: A presente pesquisa objetiva trabalhar as considerações psicanalíticas sobre o feminino, depreendidas da obra de Freud, Lacan e comentadores, por meio da mística. Lacan, em O seminário, livro 20, Mais, ainda, concedeu à mística o estatuto de verdade sobre o feminino e, desse modo, apresentou um caminho a ser percorrido a fim de melhor se poder meio-dizer sobre o que é da ordem do inefável. Para tanto, a pesquisa orienta-se sobre alguns eixos temáticos: 1) apresentar o que é propriamente o feminino para a psicanálise, dissociando-o do sexo biológico e afirmando-o como uma posição subjetiva que pode ser visitada tanto por homens quanto por mulheres. Para sustentar tal afirmativa recorre-se à experiência de Francisco de Assis, homem e grande místico; 2) conceituar o gozo, extraído da noção freudiana de pulsão de morte e abordar algumas possíveis modalidades de gozo, principalmente o gozo feminino que Lacan relacionou com o gozo dos místicos; 3) diferenciar o gozo místico do delírio místico psicótico, apresentando alguns pontos específicos que auxiliam a distinguir a posição mística da psicose. Com isso, objetiva-se desfazer possíveis confusões que levam, muitas vezes, o místico a ser tratado e considerado um doente mental. Aproveita-se, ainda, a riqueza da biografia de Francisco de Assis para abordar as noções do sentimento oceânico e do despertar, intentando apontar para a verdade que sustenta e orienta a vida do místico: um mais além.