QUEM SOU EU? Memória e Identidade de estudantes da EJA
Ano de defesa: | 2018 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras, Mestrado Profissional (PROFLETRAS) |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14513 |
Resumo: | Partindo dos questionamentos em relação aos estudos da produção textual e das dificuldades que os alunos enfrentam, apresento neste trabalho uma proposta de intervenção que teve o objetivo de proporcionar o desenvolvimento da produção escrita através do gênero relato pessoal e de demonstrar que o discurso dos sujeitos da EJA, em relatos pessoais, é instrumento de construção de suas identidades. O gênero textual/discursivo escolhido foi o relato pessoal. Tal escolha se deu pelo entendimento de que esse gênero possibilita e amplia a prática de produção escrita, e, além disso, permite que os alunos, ao recorrerem à memória, reflitam sobre sua história de vida, sobre sua identidade. Sendo assim, conhecendo melhor a história de vida dos sujeitos da Educação de Jovens e Adultos buscou-se auxílio para uma tarefa didático-pedagógica mais eficaz. Para isso, analisei 10 recortes de um corpus de ―Relatos pessoais‖ produzidos pelos sujeitos da fase VII da EJA durante a aplicação do Projeto ―Quem sou eu... conheça a minha história‖, realizado durante o ano de 2017 no CIEP Municipalizado 465 em Quissamã, Rio de Janeiro. Ao enunciar a própria vida, o jovem e o adulto preocupam-se em transmitir um depoimento verdadeiro que vai além de uma simples tarefa de sala de aula. Assim, o enunciador dá legitimidade ao seu discurso, expõe a privacidade da vida familiar, tornando-a pública e, ao rememorar sua existência, oferece um campo de pesquisa para o conhecimento do aluno da EJA. Do ponto de vista teórico, norteiam este estudo as discussões sobre gênero textual/discursivo segundo Bakhtin (2011), Marcuschi (2008), Schneuwly e Dolz (2004) e Ferrarezi (2015); sobre memória e identidade recorri a Candau (2016).Concluí com este trabalho que as atividades de letramento possibilitaram aos alunos o desenvolvimento da escrita através do gênero relato, assim como os levou a se reconhecerem como sujeitos da sua história. Ressalto a relevância dessa proposta de intervenção, pois apresentou mais um olhar sobre a(s) identidade(s) dos alunos da EJA, e assim, abriu caminhos capazes para contribuir para a efetivação da aprendizagem dos alunos dessa modalidade. |