O processo de alienação e desalienação dos trabalhadores no capitalismo: um estudo sobre o papel da formação teórica política na construção da consciência de classe
Ano de defesa: | 2010 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Faculdade de Serviço Social BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Serviço Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/15869 |
Resumo: | Esta tese tem por objetivo refletir sobre o processo de alienação e desalienação dos trabalhadores no capitalismo, evidenciando o papel da formação teórico-política na construção da consciência de classe dos trabalhadores. Partimos da constatação de que a alienação é um processo objetivo, que diariamente produz e reproduz a dominação e a exploração dos trabalhadores por parte do capital. Neste sentido, o primeiro passo para ensaiar a superação da alienação por parte dos trabalhadores e a compreensão destes mecanismos de perpetuação da sociabilidade capitalista. O segundo passo parte do fato de que os trabalhadores construíram ao longo de sua árdua luta contra o capitalismo, diversos movimentos sociais, sindicais e partidos políticos como formas de luta para se prepararem, através das suas organizações e da socialização da teoria de explicação da realidade social com vistas a sua transformação, isto é, do marxismo. Entre todas estas formas de luta, e segundo os grandes marxistas do século XX (Lênin, Rosa de Luxemburgo e Antonio Gramsci), o partido político é o que tem mais condições de universalizar as lutas particulares de setores da classe, para que alcancem a perspectiva de lutas de toda a classe. A partir da participação dos trabalhadores nestas formas coletivas de luta, estes podem sair da esfera da alienação e caminhar no sentido de uma consciência da reivindicação ou consciência da cidadania, que pressupõe a luta pelos direitos sociais. De uma consciência alienada, baseada no eu egoísta podemos passar a consciência de um nós solidário , no entanto, a consciência pode parar por aí, se cristalizando na forma da burocracia e do carreirismo , muito presente nas formas atuais de luta da classe trabalhadora no mundo e no Brasil. Mas em certas condições, e a partir da luta de classe contra o capital, os trabalhadores podem alcançar a consciência de classe, a consciência da necessidade da transformação social, e nesta tarefa, a formação política assume um papel fundamental. Na medida em que os militantes dos movimentos sociais, sindicais e dos partidos de esquerda procuram se preparar melhor para a luta, e buscam adquirir uma formação teórico-política que os ajude a compreender a sociedade capitalista e suas contradições, a tarefa da construção de uma nova sociedade se torna cada vez mais necessária e fundamental. O encontro da luta contra a exploração e dominação do capital com a teoria revolucionária do proletariado, o marxismo, potencializa e direciona a luta dos trabalhadores para a construção de uma nova sociedade para além do capital. No Brasil, a classe trabalhadora sempre ensaiou experiências de formação teórico-políticas, como veremos nesta tese, desde os anarquista (século XIX e início do séc. XX), os comunistas do PCB (dos anos 20 até o golpe militar de 1964), a CUT (anos 80 até os dias atuais) e o NEP 13 de Maio (dos anos 80 até os dias atuais). Em todas estas experiências, apesar de seus limites históricos, elas nos mostram o quanto é fundamental preparar e armar teoricamente os trabalhadores para o combate ao capital. |