“Se refletir verá o quão pouco vale este seu admirador e amigo”: três decênios do epistolário machadiano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Miguez, Tatiana de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21012
Resumo: Esta tese examina os dois primeiros volumes – Tomo I (1860 a 1869) e Tomo II (1870 a 1889) – que integram a Correspondência completa de Machado de Assis, publicada pela Academia Brasileira de Letras, de 2008 a 2015, em 5 volumes. Pretendeu-se, com a análise das missivas trocadas entre Machado de Assis e seus pares, traçar as grandes linhas do projeto epistolográfico machadiano, com o qual o escritor vai elaborando encenações de si mesmo, enquanto constrói sua trajetória nos variados âmbitos em que atuou. Assim, as cartas escritas nos decênios de 1860, 1870 e 1880 evidenciam não só a formação e o percurso do escritor, como jornalista e cronista, teatrólogo, poeta, crítico literário e ficcionista, mas também a vida literária daqueles decênios, além da atuação de Machado de Assis como funcionário público. Ainda que reeditem certos princípios retóricos da chamada ars dictaminis, as cartas de Machado de Assis, nos tomos I e II, exibem com maestria a elegância, a precisão, a graça e o apuro estético que acabaram por caracterizar a escrita do autor. Para compreender melhor o gênero epistolar e fundamentar a pesquisa empreendida, tomou-se como base uma bibliografia crítico-teórica que inclui estudos sobre a escrita de si e sobre a correspondência como gênero, com destaque para as reflexões de Michel Foucault (2004), Brigitte Diaz (2016) e Geneviève Haroche-Bouzinac (2016)