Diário de bordo: narrativas sensíveis de cuidado como políticas de escrita de uma psicóloga na fronteira do Brasil
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20707 |
Resumo: | O presente trabalho é uma proposição que busca registrar vivências de uma viagem-travessia e aposta no recurso metodológico do diário de bordo enquanto política de escrita possível no campo acadêmico, na contramão de modos modernos tradicionalmente pensados para se pesquisar e escrever em Psicologia Social. Sob a metáfora do navegar rumo ao desconhecido, repleta de desvios, surpresas, desafios e aprendizados, o diário se constrói a partir de pequenos encontros cotidianos e é apresentado por meio de narrativas de cuidado vivenciadas por uma psicóloga na região de fronteira do Brasil. A bordo de alianças companheiras, grandes inspirações, como a Teoria Ator-Rede (TAR), de Bruno Latour; Ciência no Feminino, de Isabelle Stengers; noção de Versão, de Vinciane Despret; PesquisarCOM, de Marcia Moraes; e Pesquisa Artesanal, de Laura Quadros, seguimos as pistas do campo, lançando mão de um guia de viagem atento, aberto e disponível às afetações. Partindo da indissociabilidade entre pesquisa e vida, e despindo-se de certezas e a prioris de ambas esferas, foi possível vislumbrar modos de conhecer, fazer, escrever e pesquisar na direção de uma Psicologia não moderna. Dessa forma, ao acompanhar histórias, o diário de bordo nos permitiu multiplicar as suas versões, produzir deslocamentos, estabelecer redes e conexões, legitimar a dimensão sensível, ressignificar as experiências e resistir pela via do afeto. Configura-se, por fim, enquanto uma política de escrita tecida a muitas mãos. |