Rompendo o silêncio: história de vida de indivíduos com surdocegueira adquirida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Lupetina, Raffaela de Menezes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16557
Resumo: Esta tese tem como objetivo conhecer e analisar as trajetórias dos sujeitos com surdocegueira adquirida a partir da perspectiva do próprio surdocego. No estudo participam setes jovens e adultos com surdocegueira adquirida dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul. Esta pesquisa tem como ponto forte as formas de comunicação diferenciadas dos participantes, que são: Libras tátil, Libras em campo reduzido, fala ampliada, fala estando perto e Tadoma. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que utiliza a metodologia de história de vida, valorizando os relatos dos depoentes como fonte principal. A partir dos relatos dos entrevistados formaram-se as seguintes subcategorias: condição sensorial, locomoção e acessibilidade, trajetória educacional, atividades laborais e formação profissional, relações socioafetivas, família, atividades de lazer, preconceito e dificuldades, identidade como pessoa com surdocegueira e perspectivas para o futuro. Como a metodologia de história de vida privilegia a fala, a voz e o depoimento dos participantes, ter entrevistados não oralizados traz ainda mais riqueza para essa pesquisa, pois esses costumam não ser escutados, já que utilizam formas de comunicação mais específicas, a sociedade os negligencia ainda mais. O estudo demonstrou especificidades e pontos em comum entre os entrevistados, entre os quais: a vontade de continuar exercendo as atividades de antes da progressão das perdas sensoriais e um isolamento relativo, pois relataram que a vida social se resume aos familiares e/ou poucos amigos no ambiente de estudo, não tendo um lazer no tempo livre. Esperamos que este trabalho contribua para o campo da educação em geral e da educação especial e inclusiva, principalmente para a área da surdocegueira