“Política também se aprende na escola”: a luta da E. M. Friedenreich pela sua permanência no Maracanã, Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Gomes, Guilherme Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação da Baixada Fluminense
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Comunicação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17768
Resumo: Esta dissertação tem como objetivo analisar o processo de mobilização coletiva da Escola Municipal Friedenreich para permanecer em seu local de origem, no bairro do Maracanã, Rio de Janeiro, entre os anos 2009 e 2013. Inaugurada em 1965, a unidade de ensino, situada entre os estádios do Maracanã e do Maracanãzinho, tornou-se alvo dos projetos de remoções no contexto dos megaeventos esportivos na cidade nos anos 2000, em particular a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. Dessa forma, buscamos compreender como a comunidade escolar conseguiu articular-se politicamente e construir um contradiscurso frente à ameaça de demolição e transferência da instituição para outro bairro, envolvendo sociedade civil, organizações não-governamentais e outros movimentos sociais, até obter um resultado exitoso no conflito. Para o desenvolvimento deste trabalho, realizou-se levantamento bibliográfico, jornalístico, audiovisual e documental, usando principalmente os arquivos da própria escola. A pesquisa nas redes sociais também contribuiu com imagens que ajudaram a materializar no texto o longo caminho de resistência da escola. Além disso, foram realizadas entrevistas semi-dirigidas com 20 atores que participaram ativamente do processo, possibilitando o reconhecimento de fatos e detalhes que permanecem ativos na memória coletiva dos sujeitos que frequentam e frequentaram a E. M. Friedenreich. Analisando este vasto e diverso material, concluímos que a mobilização coletiva advinda do conflito com o Estado consistiu em um importante processo de aprendizagem e socialização política da comunidade escolar, repercutindo até hoje na construção da memória e da identidade da instituição e dos sujeitos.