Pelos caminhos da acessibilidade na vida universitária: versões e encontros possíveis
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21798 |
Resumo: | Este trabalho buscou descrever as vivências de discentes universitários e de trabalhadoras de núcleos de inclusão dessa área de ensino, tendo a acessibilidade como ponto principal. Acessibilidade, neste texto, tem um enfoque que transcende a questão da lei, da inclusão. O foco são as práticas na universidade que tornam viáveis ou não o acesso e a manutenção dos discentes na mesma. O recurso utilizado para a escrita foi a metáfora de uma viagem de trem. A pesquisadora é uma viajante com mochila nas costas. A mochila carrega todo o arcabouço teórico-metodológico que sustenta tanto o rigor científico quanto a metodologia de acesso ao campo desta pesquisa: a teoria ator-rede, com sua proposta de descrever detalhadamente o que acontece no contato com o campo de pesquisa, fazendo emergir os atores humanos e não-humanos que se entrelaçam nas redes que o compõe; a gestalt-terapia, com o conceito de campo psicológico, sua aposta na diferença e na criatividade como afirmações da existência; o pesquisarCOM proposto por Marcia Moraes (2010), em que o pesquisador não é visto como um expert, mas sim os pesquisados e que, por isso, aquele faz pesquisa com o outro e não sobre ele; o conceito de ser afetado, de Bruno Latour (1999) e Jeanne Favret-Saada (2005), que discutem que o pesquisador precisa aprender a se afetar pelo campo de pesquisa, sendo necessário estar disponível para, inclusive, ver seu projeto se desfazer; as noções de política ontológica, as lógicas do cuidado e da escolha discutidas por Annemarie Mol (1999, 2008); o pesquisar como um fazer artesanal proposto por Laura Quadros (2015); e a pesquisa como Versão, trazida por Vinciane Despret (1999), significando que não há imposição sobre outras pesquisas, que não as nega, mas convive no campo do conhecimento compondo outras formas de se olhar para o mesmo tema. A metodologia dos afetos surge como uma proposta metodológica de pesquisa, sendo apresentada neste trabalho. Essa viagem é composta de seis trechos. O primeiro é o “planejando a viagem”, que descreve como surgiu a ideia para a pesquisa e como foi tecido o método utilizado na mesma. No segundo, temos “o encontro com o campo de pesquisa”, que narra como a docência não planejada, a pandemia e o trabalho como psicóloga clínica da pesquisadora atravessaram a pesquisa. No terceiro trecho tem-se a “Estação memórias evocadas”, que rememora o primeiro contato da pesquisadora com o tema da acessibilidade na vida universitária e com a gestalt-terapia. Esse trecho proporciona uma conexão com o quarto trecho da viagem, no qual “os caminhos refeitos” permitiram chegar à “Estação acessibilidade e vida universitária: versões, encontros e possibilidades”, tema central da tese. O quinto trecho é composto pela “Estação aprendizados e reflexões da viagem”, trazendo ideias e soluções de alguns participantes da pesquisa sobre acessibilidade, finalizando com o que foi aprendido através de um balanço do que foi vivido. No último trecho, a “Estação final: utopia” traz algumas provocações, vislumbrando possibilidades e sonhos para o futuro. |