A juvenilização da EJA no ensino médio da rede pública estadual do Rio de Janeiro
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação - Processos Formativos e Desigualdades Sociais |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19288 |
Resumo: | A presente pesquisa teve como objeto de análise o fenômeno da Juvenilização na Educação de Jovens e Adultos no Ensino Médio da rede pública estadual do Rio de Janeiro. O estudo partiu dos seguintes questionamentos: as políticas públicas do estado do Rio de Janeiro desencadeadas no período de 2008 a 2019 contribuíram para a juvenilização da EJA/EM? As estratégias de correção de fluxo têm conformado este fenômeno? Os Exames Nacionais de Certificações (ENCCEJA) têm sido uma via de juvenilização da EJA com finalidade de certificação? Como este fenômeno da juvenilização da EJA/EM tem se manifestado nas escolas estaduais localizadas no município de São João de Meriti? Foram estabelecidos os seguintes objetivos: analisar a implementação de políticas governamentais na Educação de Jovens e Adultos e seus impactos na juvenilização da EJA; analisar a estratégia de correção de fluxo escolar nas políticas adotadas pelo estado, através do programa autonomia, no período que esteve sob vigência no ensino médio e sua persistência no ensino fundamental anos finais, como estímulo à migração de jovens para a EJA/EM; compreender e superar o aparente do fenômeno da juvenilização da EJA/EM no município de São João de Meriti, inserido no contexto de periferia do capitalismo dependente. Tivemos como hipótese a ideia de que o fenômeno da juvenilização da EJA na contemporaneidade é resultado das políticas públicas educacionais influenciadas pelos exames de larga escala que introduzem os jovens filhos e filhas da classe trabalhadora que se encontram em distorção idade-série em projetos de correção de fluxo e tão logo completem a idade mínima estabelecida na legislação em turmas de EJA, de modo que esta idade se torna a máxima para matrículas em turmas regulares. A fundamentação teórico-metodológica está firmada na perspectiva do materialismo histórico dialético de Marx, em consonância com autores e autoras de concepção teórico-crítica do campo da educação que contribuem para o debate sobre as categorias: educação e trabalho, juventude, dualidade educacional, classe social, desigualdade social. Como procedimento metodológico, utilizamos fontes estatísticas, documentais e bibliográficas. Concluímos que o processo de juvenilização da EJA/EM é resultado de um processo de políticas de governo historicamente produzido de oferta em migalhas do direito à educação para a juventude da classe trabalhadora e que os exames de certificação se inserem nesta dinâmica como uma das determinações do fenômeno da juvenilização com fins de certificação. |