A máquina racializante: corpo, imagem e visualidade na arte contemporânea latino-americana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Rodrigues, Tadeu Ribeiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Artes
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Artes
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22909
Resumo: Esta pesquisa propõe uma investigação em torno de obras artísticas contemporâneas produzi-das na América Latina que, tendo como eixo fundamental a relação entre corpo, imagem e visualidade, suscitam questões acerca dos processos de racialização. Para esse propósito, bus-camos tecer uma análise crítica de um conjunto de poéticas latino-americanas desenvolvidas desde a década de 1990 até o presente que buscam tensionar os enunciados racializantes que caracterizam a representação de corpos não brancos – privilegiando recortes que exploram a história cultural da região através de suas imagens formativas e estabelecendo conexões com as experiências pictóricas gestadas na dinâmica de colonização desde o século XVI. Nesse sentido, tencionamos estabelecer articulações transversais a partir da identificação de um con-junto de dispositivos e regimes de visualidade com o objetivo de examinar as estruturas pre-valentes da representação de grupos racializados e seus imaginários, articulando um conjunto de ferramentas críticas que abordam problemas constitutivos do olhar europeu diante da dife-rença racial e como tais problemas são elaborados no campo artístico contemporâneo. Através da divisão em três blocos conceituais – o quadro, o mapa e o cubo –, propomos uma reflexão em torno dos modelos de representação, exibição e produção de imagens, bem como de seus correlatos ótico-epistêmicos, destacando como tais estruturas são metabolizadas no trânsito entre Europa, África e América Latina e como contribuem para a formação de um imaginário racial da região. Desse modo, argumentamos que a experiência colonial moderna instaura não apenas novas categorias de corpos e sujeitos na representação visual, mas que, a partir da in-venção da América Latina como objeto representável, consolida-se uma dinâmica inédita no campo das imagens e da visualidade