A certificação ambiental e a sustentabilidade em arenas esportivas brasileiras
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Engenharia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20291 |
Resumo: | O conceito de desenvolvimento sustentável proposto nas Conferências Mundiais de Meio Ambiente diz respeito ao uso racional dos recursos naturais em harmonia com o meio ambiente e para garantir a sustentabilidade planetária das gerações atuais e futuras. Assim, a cadeia produtiva da Construção Civil tem um papel importante nesse sentido, devido ao consumo elevado de recursos naturais e a poluição gerada. Para se avaliar a sustentabilidade na Construção Civil foram criadas certificações ambientais, como a Leadership in Energy and Environmental Design (LEED). Essa certificação foi utilizada na Copa do Mundo de 2014 no Brasil para certificar as arenas esportivas a serem construídas ou reformadas em doze cidades-sede, por exigência da Fédération Internationale de Football Association (FIFA). A questão que motivou esta pesquisa foi saber se esse processo efetivamente tornou melhor o desempenho ambiental dos estádios certificados e se eles podem ser considerados “mais sustentáveis”. O objetivo da pesquisa foi avaliar o processo da certificação ambiental pelo organismo internacional LEED utilizado nas arenas esportivas brasileiras, segundo os critérios de sustentabilidade para a Construção Civil. O estudo teve uma abordagem qualitativa, exploratória e descritiva. Para a análise da sustentabilidade e do desempenho ambiental foram selecionados dez estádios brasileiros certificados pelo LEED (versão 3.0 - 2009). A relevância desse tema diz respeito ao papel do futebol no país: em um fim de semana, mais de 200 mil pessoas vão aos estádios, utilizando transporte público ou particular, produzindo resíduos e consumindo recursos naturais, água e energia. Além disso, existe o grande público espectador fora dos estádios. As três dimensões da sustentabilidade (aspectos ambientais, econômicos e socioculturais) devem ser contempladas, sem as quais não se pode falar de sustentabilidade nos estádios, embora esses tenham sido certificados e obtido avanços nesse sentido. Do ponto de vista econômico, alguns estádios poderiam ter um desempenho ambiental melhor, com custos e despesas de operação e manutenção menores, sobretudo dando continuidade às ações ambientais adotadas. Mesmo os estádios que obtiveram ganhos, ainda assim eles têm dificuldades para se tornarem rentáveis, pois exigem um público grande e permanente para cobrir os custos operacionais. O aspecto sociocultural poderia ser contemplado em todas as certificações das arenas esportivas, sobretudo em campanhas para a sensibilização do público, como, por exemplo: incentivo à preservação do meio ambiente, reciclagem de resíduos, redução do consumo de água e energia, estímulo ao uso de transporte público ou alternativo, combate ao racismo, à violência, dentre outras. A limitação deste trabalho diz respeito à impossibilidade de se verificar o que restou efetivamente de legado dos estádios que sediaram a Copa do Mundo de 2014. Para estudos futuros, sugere-se desenvolver indicadores para se avaliar empiricamente o que restou das ações ambientais realizadas nas arenas certificadas para a Copa de 2014, além de se desenvolver uma metodologia mais adequada à realidade brasileira para se certificar os estádios de pequeno e médio portes, independente das certificações como o selo LEED, a fim de se implementar ações sustentáveis com ganhos ambientais, econômicos e sociais. |