Zaratustra: espiritualidade nietzschiana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Rodrigues, Laiza Duarte Vaz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21066
Resumo: Esta dissertação propõe uma chave de leitura para a obra Assim falou Zaratustra a partir da concepção hadotiana de filosofia como modo de vida e, em particular, do fenômeno da conversão filosófica através das práticas dos “exercícios espirituais”. Para que a especificidade desse estudo se descortine, contrastar-se-á o diagnóstico nietzschiano da “Morte de Deus” com a possibilidade de se aproximar de um “novo sentido da terra” – transvaloração de todos os valores –, por meio de cultivos outros de relação consigo mesmo, com as alteridades e com o mundo. Após uma breve introdução ao modelo da filosofia como modo de vida e à forma específica através da qual Nietzsche se insere nele, apresentar-se-á as principais características do niilismo – efeito direto desse deicídio – e de como a conversão filosófica, tal como apresentada por Pierre Hadot, complementando-a com a análise que Michel Foucault desenvolve do mesmo fenômeno podem servir, não apenas para fomentar a reflexão acerca das formas de resistências criativas ao longo do processo de consumação do niilismo, mas também para compreender as metamorfoses de Zaratustra até se tornar o mestre do Eterno Retorno. A partir do paradigma da Grande Saúde (große Gesundheit), passarei então a analisar as diferentes conformações da Vontade de Poder (Wille zur Macht) para, por fim, dar contornos ao que chamamos de “espiritualidade nietzschiana”.