Ontologia e niilismo: das interpretações heideggerianas acerca do Zaratustra de Nietzsche

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Souza, Eduardo Quelis de lattes
Orientador(a): Araújo, Paulo Afonso de lattes
Banca de defesa: Silva, Luciano Donizetti da lattes, Toledo, Daniel da Silva lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Filosofia
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2021/00178
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/13395
Resumo: A pesquisa investiga as interpretações de Heidegger acerca da obra Assim falou Zaratustra de Nietzsche. Para tanto, o texto aproxima-se da leitura heideggeriana que declara Nietzsche como o responsável pelo acabamento da metafísica, onde a vontade de poder e o eterno retorno do mesmo enquanto elementos da posição metafísica fundamental de Nietzsche – expressa no mote amor fati – repousam sob a unidade velada da copertença entre essentia e existentia. O intento da pesquisa é apontar que o acabamento da metafísica não é o sinônimo para a superação da metafísica, apenas o enredamento definitivo em seu interior. Para Heidegger, o super-homem anunciado pelo Zaratustra não somente não supera a metafísica como do mesmo modo não supera o niilismo histórico, ao contrário disso, ele instala o projeto de uma dominação da Terra por meio da técnica e da maquinação, conduzindo perigosamente o homem ao desvio de sua própria essência em meio ao esquecimento do ser e à errância. Ainda, é interesse desta pesquisa traçar no pensamento de Heidegger o percurso que vai de Ser e Tempo ao período da virada, dando especial atenção ao tema da ontologia metafísica e do niilismo enquanto destino enviado pelo ser mesmo em sua retração e recusa.