Por um sujeito que opera na fissura: qual o lugar da psicanálise numa instituição hospitalar universitária?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Rase, Lucimara Lopes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicanálise
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14664
Resumo: O presente trabalho tem por intuito a promoção de uma reflexão acerca da possibilidade da sustentação de um lugar à psicanálise numa instituição hospitalar universitária voltada ao tratamento de portadores de anomalia craniofacial, cujo serviço de psicologia é orientado à psicanálise. Dentro deste público, destacaremos a presença majoritária dos portadores de fenda labiopalatal ou simplesmente fissurados , como comumente eles se autonomeiam. Para tanto, valeremo-nos de uma incursão bibliográfica à temática do advento da institucionalização do ensino da medicina como um saber estruturado num modelo pedagógico propício à difusão dentro do contexto hospitalar universitário. Neste sentido, buscaremos articular o lugar ocupado pela figura do médico e as demandas terapêuticas apresentadas à equipe de psicologia, no sentido de remontarmos o percurso inaugurado por Freud rumo à fundação da psicanálise, dissociado das práticas educativas, aproximando-o de nossa prática clínica cotidiana com os sujeitos fissurados. Posteriormente, proporemos um desdobramento da temática com a utilização dos esquemas lógicos tal qual inaugurados por Jacques Lacan em sua teoria dos discursos, a fim de realizarmos um recorte que nos permita pensar os impasses vividos em equipe multidisciplinar dentro das diferenças éticas que a constituem. Por fim, buscaremos promover uma discussão acerca do belo, naquilo que tangencia a complexidade de seu registro tanto quando emerge como um elemento vinculado a um para além de uma ética benfazeja dirigida à uma estética normativa proposta pelos critérios cirúrgicos como nos momentos onde, interpolado à perspectiva da feiura, articula-se ao laço social de modo a figurar como um bem disponível ao médico e passível de transmissão ao paciente