Crianças com fissuras labiopalatinas: os sentidos da malformação no discurso materno

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Pinheiro, Sônia Lúcia Mota
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/84929
Resumo: Esta dissertação visa conhecer os sentidos atribuídos no discurso materno à fissura labiopalatina do filho. O presente trabalho aborda as fissuras labiopalatinas em seus aspectos orgânicos, a noção e a construção do corpo em Psicanálise, a criança e sua relação com o Outro, e, sobretudo, a fissura embalada pelo discurso materno. Essas fissuras se referem a malformações congênitas, e por esta razão as crianças trazem consigo, no momento do nascimento, uma marca descontínua no lábio e no palato. Ficamos instigados a investigar as implicações subjetivas de um cenário fissurado, e, com esse propósito, foi realizada uma pesquisa qualitativa no Hospital Infantil Albert Sabin ? HIAS, onde seis entrevistas foram realizadas com mães de crianças fissuradas. Utilizamos o referencial teórico da Psicanálise para pensarmos acerca das temáticas levantadas durante o desenvolvimento da investigação. A realização desse trabalho revelou que o processo de constituição subjetiva pode ser preservado, mesmo na presença de malformações sérias e comprometedoras, tendo em vista que o discurso materno pode se descolar do dano orgânico, fazendo com que a criança não se reconheça somente como portadora de uma malformação.