A devastação e a clínica da toxicomania

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Siqueira, Andréia Ferro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicanálise
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14700
Resumo: Esta pesquisa trata das interseções entre a clínica da toxicomania, área na qual a pesquisadora trabalha há alguns anos, e a devastação, refletida à luz das elaborações freudianas a respeito da sexualidade feminina e da teoria da sexuação lacaniana. A partir do estudo de alguns casos clínicos, acompanhados pela pesquisadora, busca-se refletir a respeito desse aspecto do gozo feminino a devastação e sobre as incidências que o uso de álcool e drogas podem exercer sobre ele. Os casos apontaram que essa dimensão do gozo feminino se apresenta primordialmente na relação mãe e filha e, posteriormente, pode se atualizar, ao longo da vida da mulher, em suas relações amorosas. Por esse motivo, a dissertação vai percorrer, inicialmente, algumas questões do complexo de Édipo na mulher, abordando a metáfora paterna e o desejo materno. Em seguida, a partir do que Lacan propôs a respeito da sexuação, com seu famoso axioma a mulher não existe , será possível circunscrever alguns pontos nevrálgicos da posição feminina, no que se refere à inconsistência simbólica e ao gozo feminino, sob a modalidade da devastação. A pesquisa ressalta, ainda, a importância da fantasia, do semblante, e do amor para a mulher, demonstrando como, através dessas suplências, ela tenta ganhar ex-sistência e localizar algo desse gozo traumático e devastador. Como Freud (1930) já ensinou, o uso de álcool e drogas pode ser um recurso contra a angústia, portanto, também pode ser uma das maneiras de se lidar com os impasses femininos, o que mostra que esse uso nem sempre será correlato à devastação. A partir da exposição dos casos clínicos, a relação entre o uso de drogas e a devastação é analisada ao longo de toda a dissertação. Por fim, a pesquisa levanta a hipótese de que, algumas vezes, quando o uso de drogas é utilizado como um recurso para barrar os efeitos devastadores do gozo, se impõe o risco deste uso vir, justamente, a precipitá-los