Medeia: uma versão do gozo feminino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Campista, Valesca do Rosário
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicanálise
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14559
Resumo: Esta tese versa sobre o campo do feminino e sua modalidade própria de gozo. A partir da indagação de Freud sobre o enigma da mulher expressa pela célebre frase: A mulher é o continente negro da psicanálise , propomos refletir sobre uma figura do feminino, instigante e misteriosa, da literatura grega Medeia, de Eurípedes (431 a. C.). Por meio da discussão que contempla a decisão inarredável da heroína do teatro trágico, destacamos a posição de uma mulher ultrajada, mais mulher do que mãe, verdadeira mulher , segundo Lacan, próxima de tantas mulheres da atualidade cuja voracidade pulsional e de gozo transborda os limites do falo. As argumentações e reflexões tecidas nessa pesquisa passam por um levantamento de comentários sobre a força mitológica e épica da tragédia de Eurípedes; em seguida nos valemos dos textos freudianos, passando pelos pós-freudianos, chegando até a retomada da lógica fálica proposta por Lacan com a teorização do gozo Outro. A nossa hipótese se centra na ideia de que na posição feminina, uma mulher experimenta o gozo Outro, gozo suplementar, mais além do falo, o que a torna amiga do real, próxima da loucura e da devastação. Com o presente estudo, sustentamos que Medeia é uma versão do gozo feminino, representante das mulheres que experimentam o gozo Outro, mas que não se unificam. Para destacar a singularidade do gozo, são apresentadas versões do feminino tecidas por poetas, teatrólogos e cineastas do século XX. Por fim, mostramos que existem Medeias - mulheres diferentes, trilhas distintas