Colecionismo orientalista e interação cultural entre China, Macau e Portugal
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Artes Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Artes |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16762 |
Resumo: | Nesse trabalho, a autora buscou investigar o colecionismo orientalista português e o fascínio sinófilo em Macau, tendo por base a análise das coleções de José Vicente Jorge (Macau, 1872 - Lisboa, 1948) e de Camilo Pessanha (Coimbra, 1867 - Macau, 1926). Do ponto de vista metodológico, a autora lidou com três tópicos fundamentais de análise: a teoria formal e pré-estabelecida pelo conhecimento científico do colecionador; a historiografia (saber construído por José Vicente Jorge e Camilo Pessanha enquanto historiadores da arte chinesa e seu discurso interpretativo); a documentação (fragmentos de representações de natureza diversa e suas obras como veículos de informação). A tarefa da autora residiu em circular conjuntamente por estes três níveis de representação do real e estabelecer as relações entre eles. À autora, interessou-lhe observar a dimensão sócio-artística das interações culturais (Macau, China e Portugal) por meio da análise do colecionismo como fenômeno de apropriação cultural. A autora empregou dois tipos de corpora documentais para realizar esse trabalho de análise histórico-imagético: um textual e outro de cultura material. O corpus textual é composto por fontes escritas vinculadas ao discurso histórico que possuem significância direta para a investigação do tema “colecionismo orientalista”. O corpus de cultura material é composto pela documentação da cultura material (pinturas, porcelanas, esculturas). A autora articulou ambos através de uma análise intertextual para validar as hipóteses levantadas nas etapas iniciais de sua pesquisa. A autora desejou recuperar informações sobre o período ao qual José Vicente Jorge e Camilo Pessanha foram coetâneos em vários aspetos. Relativamente a José Vicente Jorge, a autora focou sua pesquisa na importante coleção de pinturas, porcelanas e esculturas deste, com especial foco em sua obra “Notas sobre a Arte Chinesa”, que abarca sua imensa coleção e é um registro visual de um longo período da história nacional, e que a autora considera ser um importante capítulo da história cultural sino-portuguesa merecedora de maior atenção. Relativamente a Camilo Pessanha, a autora buscou reconstruir e analisar sua importante coleção sinológica, preservada em Portugal e fornecedora de importantes pistas sobre o imaginário orientalista daquele contexto |