A configuração dos monstros na literatura infantil e juvenil brasileira do século XX

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Gomes, Alexandre de Castro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17920
Resumo: Ao longo da literatura infantil e juvenil do século XX, os monstros foram tratados como meros elementos decorativos do texto, inimigos poderosos, protagonistas de histórias e até como aliados dos mocinhos, entre outras atribuições. Este trabalho tem como objetivo realizar um levantamento dos monstros que aparecem na literatura infantil e juvenil brasileira do século XX, além de fazer uma reflexão sobre os papéis que lhes foram definidos e sua importância para o entendimento do percurso da produção literária no país. São consideradas, para o trabalho, criaturas do maravilhoso que se destacam pelo seu aspecto físico, incluindo aquelas do folclore nacional, como o Curupira, a Iara e o Lobisomem, seguindo o conceito de Claude Kappler de que o monstro é um desvio da norma, um dessemelhante. A pesquisa aborda monstros de cada um dos períodos literários estipulados pela professora Nelly Novaes Coelho na obra Dicionário crítico da literatura infantil e juvenil brasileira, sendo eles os períodos pré-lobatiano, lobatiano e pós-lobatiano, com destaque para algumas publicações que caracterizam os períodos em questão. Quando necessário, são avaliados os aspectos sociais e políticos da época de publicação para entendermos melhor a participação do monstro em determinados textos. Elvira Vigna, por exemplo, já declarou ter criado o monstro Asdrúbal para explicar a ditadura militar. Lobato investiu nas criaturas do folclore como forma de valorizar a cultura nacional. Seriam as diferentes caracterizações dos monstros na literatura infantil e juvenil brasileira do século passado um reflexo do momento político-social? Este trabalho visa a responder a esta e outras perguntas, com o embasamento teórico de grandes pesquisadores, tais como: Umberto Eco, Claude Kappler, Le Goff, Tzvetan Todorov, Gregory Claeys, Bruno Bettelheim, Nelly Novaes Coelho, Marisa Lajolo e Câmara Cascudo, entre outros.