Compreensão emocional em crianças e crenças maternas sobre competência emocional
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/15401 |
Resumo: | Algumas abordagens em psicologia, especialmente a psicologia evolucionista, e as neurociências, têm resgatado o papel protagonista das emoções na vida humana e investigado seus impactos nos processos cognitivos, na motivação e na ação. Todavia, em muitos nichos culturais, as habilidades cognitivas estão elencadas como as capacidades consideradas mais relevantes para determinar o quão bem sucedido será o indivíduo na sua vida social e laborativa. Neste cenário, e pensando em desenvolvimento infantil, muitos pais preocupam-se, sobremaneira, com aspectos relacionados às competências cognitivas de seus filhos e é relevante sensibilizá-los acerca da importância do desenvolvimento emocional. As crenças e metas parentais relacionadas ao papel das emoções na vida dos filhos forjam os processos de socialização da emoção desejados pelos pais, evidenciando o que eles pensam ser o melhor caminho para o desenvolvimento saudável de seus filhos. Este estudo se propôs a examinar a compreensão emocional em crianças e a sua relação com crenças maternas sobre a competência emocional. A hipótese norteadora do estudo é a de que mães que atribuem elevado grau de relevância a componentes da competência emocional possuem filhos com melhor desempenho em tarefas relacionadas à compreensão de emoções. Participaram deste estudo 25 crianças de quatro a cinco anos de idade e suas mães. Os contatos com os participantes foram realizados em escolas da rede privada nas cidades de Niterói e Rio de Janeiro. Foram aplicados às mães os Formulários de identificação, de Dados Sociodemográficos e realizada uma entrevista estruturada, com cinco questões abertas, buscando investigar o que elas pensavam acerca de capacidades emocionais em crianças e sobre seu papel no desenvolvimento emocional dos filhos. Em relação às crianças, foram aplicadas duas tarefas: uma tarefa de identificação de emoções e uma tarefa de atribuição e nomeação de emoções a situações apresentadas. A análise de dados contemplou análises quantitativas e qualitativas. No que se refere à entrevista realizada com as mães, foi realizada análise de conteúdo temático-categorial das respostas fornecidas às cinco perguntas formuladas, das quais foram extraídas categorias. Em seguida, foram calculadas as frequências correspondentes a cada categoria estabelecida, e implementados testes quantitativos adequados aos objetivos do estudo. As crianças obtiveram um melhor desempenho nas tarefas envolvendo o reconhecimento de expressões faciais de emoções. Não foi encontrada correlação significativa entre a idade materna com os escores dos filhos nas tarefas realizadas. Nas entrevistas com as mães, as capacidades relacionadas ao convívio social foi a categoria com maior frequência de evocações (23%), como habilidades desejadas de serem adquiridas pelos filhos, seguidas das capacidades relacionadas à competência emocional (21%). No entanto, a hipótese de que mães que valorizassem as capacidades emocionais teriam filhos com melhor desempenho nas tarefas realizadas não se confirmou. A quase totalidade das mães acredita poder contribuir para o desenvolvimento emocional de seus filhos, enfatizando as conversas sobre as emoções como uma estratégia nesse sentido. A expressão das emoções foi a habilidade mais valorizada, seguida da compreensão emocional. Espera-se que este estudo possa contribuir para a ampliação da discussão acerca da importância das emoções para o desenvolvimento infantil |