Estratégias de regulação emocional de mães e pais em relação a seus filhos
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17383 |
Resumo: | O papel desempenhado pelos adultos na regulação emocional de crianças é relevante para ensinar-lhes alternativas de respostas emocionais, acolher suas expressões emocionais e construir com as crianças condições positivas no manejo das emoções. As reações parentais, que podem ser compreendidas como estratégias acolhedoras e não-acolhedoras, visam favorecer (ou não) a regulação emocional da criança frente às emoções, incluindo as vivenciadas como negativas. Assim sendo, o objetivo central desta tese foi analisar as reações e as estratégias de regulação emocional que mães e pais utilizaram diante da manifestação de tristeza e raiva dos filhos. Participaram deste estudo 20 tríades, compostas por mães, pais e seus(as) filhos(as), de quatro a cinco anos de idade, de contexto urbano do município de Petrópolis-RJ. No que diz respeito aos instrumentos e tarefa, foram aplicados o Emotion Regulation Questionnaire, para avaliação da regulação emocional de pais e o Coping with Children’s Negative Emotion Scale, que avalia reações parentais frente às emoções dos filhos. Quanto à tarefa, foi usada a Emotion Inducing Task and Emotion Regulation Strategies Attempts, que visa a indução de tristeza e/ou raiva na criança, da qual participaram mães, pais e filhos. O estudo empírico foi de delineamento transversal, contemplando análises quantitativas, descritivas e inferenciais e análise qualitativa, utilizando-se de observação com registro de imagens em vídeo. Foram analisadas as expressões emocionais de tristeza e raiva das crianças e as estratégias dos pais diante destas emoções dos filhos. Os resultados revelaram que todas as mães e a maioria dos pais se valeram de alguma estratégia para o manejo emocional das crianças. Revelaram também que a Reavaliação Cognitiva -– (RC) foi a estratégia mais utilizada por mães e pais para auxiliar a regulação emocional dos filhos, bem como para sua própria regulação emocional. Todas as mães utilizaram o mesmo tipo de estratégia de que se valiam para consigo mesmas com relação aos filhos (RC), sendo que nenhuma utilizava a Supressão Emocional - (SE) para si, nem usou para as crianças. A maioria dos pais usava a RC para si e um pai se valeu da SE com relação ao filho. Constatou-se que mães e pais não apresentaram diferença significativa no uso de “práticas apoiadoras” diante de emoções vistas como negativas manifestadas pelas crianças. Demonstraram envolvimento, propiciando alternativas de respostas emocionais ao utilizarem estratégias favoráveis às expressões emocionais dos filhos. A RC destacou-se na sua utilização por mães e pais indicando ser uma estratégia favorável para as habilidades socioemocionais dos pais e das crianças. Foi possível examinar o tipo de estratégia de autorregulação emocional parental e o uso de variadas estratégias por parte de mães e pais com relação aos filhos como elementos significativos para a regulação emocional das crianças. Espera-se que este estudo possa enriquecer o entendimento de profissionais e de cuidadores que tenham interesse sobre o desenvolvimento socioemocional. Acredita-se na importância de serem promovidos programas de intervenção parental, de modo que as experiências e percepções sobre estratégias favoráveis à regulação emocional das crianças sejam discutidas e incentivadas, de acordo com o contexto sociocultural. |