Análise comparativa entre exame físico, ultrassonografia e ressonância magnética nos punhos e mãos no estudo das manifestações clínicas musculoesqueléticas da febre Chikungunya crônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Leidersnaider, Caio Leal
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19522
Resumo: A febre Chikungunya (FC) é uma doença arboviral transmitida por mosquitos Aedes infectados pelo vírus Chikungunya (VCHIK). Ela é epidêmica em vários países ao redor do mundo. A doença causa artrite crônica e incapacitante por até cinco anos após a infecção, e atinge grande parte da população economicamente ativa. O estudo um descreve, por meio de dados clínicos, laboratoriais, ultrassonográficos (US) e de ressonância magnética (RM) como um homem de 49 anos desenvolveu artrite psoriásica (AP) após infecção pela FC. O quadro de sinovite e tenossinovite clássicas secundárias à FC, a persistência de doença inflamatória com sinais de entesite e dactilite na US e RM, a história familiar positiva e o aparecimento de lesões cutâneas no couro cabeludo sugere fortemente AP pós-FC, segundo os critérios do Colégio Americano de Reumatologia. O estudo dois teve como objetivo analisar as alterações musculoesqueléticas de punhos e mãos por meio do exame físico (EF), US e RM. Trinta pacientes com diagnóstico laboratorial comprovado de FC foram avaliados na fase crônica da doença. Houve predominância do sexo feminino e a média da idade foi de 54,7 anos. Os locais analisados foram as regiões interfalângica (IF), metacarpofalângica (MCF) e articulações do punho/mediocarpal (PMC). O intervalo entre o EF e os exames de imagens foi de sete dias, e o intervalo entre a US e RM foi de no máximo dois dias. O coeficiente kappa foi calculado para estimar a concordância entre os achados de EF, US e RM. Foi observada concordância significativa entre EF e US no diagnóstico de sinovites. A única concordância estatisticamente significativa (grau moderado) entre US e RM foi o achado de tenossinovite flexora. A US tem potencial para confirmação diagnóstica na suspeita de sinovite, com base na uma positividade do EF. A limitada concordância entre US e RM para outros achados, por sua vez, pode sugerir um papel complementar destes métodos.