Geração não convencional de hidocarbonetos na região carbonífera de Santa Catarina
Ano de defesa: | 2009 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Geologia BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Análise de Bacias e Faixas Móveis |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7117 |
Resumo: | Na região de Lauro Müller, sul de Santa Catarina, a presença de óleo nos arenitos das formações Rio Bonito e Palermo foi observada em diversos poços e nas galerias de uma das minas da Carbonífera Catarinense. Amostras desse óleo foram submetidas às análises de isótopos estáveis de carbono e cromatografia gasosa espectrometria de massas visando, a princípio, identificar a sua origem. O óleo apresentou feições moleculares típicas de ambiente anóxico hipersalino, sendo correlacionado ao Membro Assistência da Formação Irati. Parâmetros moleculares revelaram que o mesmo foi gerado durante o pico de geração de hidrocarbonetos e encontra-se leve a moderadamente biodegradado. A comparação entre o óleo catarinense e os arenitos asfálticos de Anhembi (SP) revelou diferenças moleculares relacionadas à fácies orgânica, grau de evolução térmica e biodegradação. A geração do óleo no sul catarinense está intimamente relacionada ao efeito térmico das intrusões ígneas cretácicas sobre os intervalos geradores da Formação Irati, haja vista que a unidade encontra-se termicamente imatura na maior parte da bacia. O óleo teria migrado lateralmente da Formação Irati para os arenitos reservatório da Formação Rio Bonito através de falhas com rejeitos verticais superiores a 150 m, as quais foram identificadas em mapas e seções geológicas. Também foram realizadas análises de pirólise, isótopos de carbono e de biomarcadores em amostras da Formação Irati no poço CAT 204, realizado pela Carbonífera Catarinense, a fim de avaliar o efeito térmico de duas soleiras de diabásio intrudidas no Membro Assistência. Foi observado um aumento dos valores de δ13C em direção ao contato com as intrusivas e a completa senilização da unidade. O halo termal abaixo da soleira inferior se estendeu, pelo menos, até a base da Formação Irati, situada a uma distância de 1,4 vezes a espessura do corpo intrusivo. Amostras da parte inferior da Formação Palermo, coletadas no poço CAT 204, e das três principais camadas de carvão do sul catarinense, coletadas nas minas da Carbonífera Catarinense, também se encontram termicamente maturas, sugerindo a proximidade de outros corpos intrusivos. Dessa forma, conclui-se que deve ter havido um aquecimento generalizado dos sedimentos no sul de Santa Catarina causado pela grande incidência de soleiras na região. |