Faciologia da Suíte Serra dos Órgãos entre Petrópolis e Teresópolis, Região Serrana Fluminense

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Cotias, Fernando dos Anjos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Geologia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Geociências
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19871
Resumo: O batólito Serra dos Órgãos constitui a feição dominante da Serra do Mar e se estende por mais de 140 km em abundantes exposições rochosas que demonstram a grande continuidade deste maciço e sua variedade composicional. Esta variedade compõe a chamada Suíte Serra dos Órgãos, representada na área de trabalho por três diferentes fácies: gnaisse leucocrático granítico, allanita gnaisse granítico e hornblenda-biotita gnaisse granodiorítico. Estas fácies dispõem-se em faixas quilométricas alongadas, geralmente paralelizadas com a foliação e aos lineamentos estruturais. A foliação é marcada pela orientação de agregados máficos, geralmente biotíticos, embora contenha maior proporção de hornblenda nos tipos mais granodioríticos. Na área de estudo verificou-se que esta foliação mergulha com mais frequência para sul e sudeste, diferentemente do padrão de mergulho para noroeste conhecido para a SSO. A verificação da orientação de cristais eudrais de feldspatos indeformados indicam que a foliação foi gerada principalmente por fluxo magmático. Posterioremente esta foiliação primária teria sido superimposta por pequenas zonas de cisalhamento dentro do plúton granítico, o que pode representar os reflexos do campo tensional após ou durante o estágio magmático, imprimindo feições de cisalhamentos locais e dobramentos dentro dos corpos ígneos associados a um sistema transpressivo. Dados geobarométricos apontam para pressões distintas de cristalização dos gnaisses graníticos leucocráticos (6,6kbars) e os hornblenda-biotita gnaisses granodioríticos (5,8kbars). Estes valores permitem indicar profundidades de alojamento e cristalização comparáveis à crosta média a inferior. Os diagramas discriminantes de ambientes tectônicos apresentados corroboram que este posicionamento tenha ocorrido em um contexto tardi-tectônico. Dados isotópicos apontam para idade de extração mantélica dos magmas que deram origem a Suíte Serra dos Órgãos por volta de 1.4Ga. O protólito deste magma possivelmente sofreu intensa fusão crustal com potencial enriquecimento em Sm.