O acesso de crianças negras ao Colégio Pedro II: O mutirão CPII Popular problematizando o sorteio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Mendonça, Maria Martinha Barbosa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação - Processos Formativos e Desigualdades Sociais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19885
Resumo: Esta dissertação é resultado da pesquisa qualitativa que buscou investigar os motivos pelos quais o Sorteio, forma de ingresso de estudantes ao Colégio Pedro II, desde 1980, não permitiu, ainda, uma maior diversidade racial na Educação Infantil e séries iniciais do Ensino Fundamental nesta instituição. A partir das ações reflexões ações do Mutirão CP2 Popular, movimento social que se organiza desde o ano de 2018, sob a perspectiva da democratização e popularização desta instituição, buscamos compreender os mecanismos e ações afirmativas que podem ajudar na superação dessas desigualdades. Dialogando com os dados estatísticos, do perfil de cor/raça, disponibilizados na página oficial da instituição, (2014 a 2018) e com as narrativas dos sujeitos que compõe o Mutirão, dentre os quais se incluem a autora da pesquisa, identificamos que estes refletem as nuances do Racismo Estrutural e do Racismo Institucional inerente às instituições brasileiras, que se perpetuam ao longo da história do Brasil. O estudo recuperou também a história dos movimentos negros brasileiros na historiografia da educação e na luta por educação formal e constatou que ainda que a historiografia da educação tenha produzido invisibilidades acerca dos corpos negros no ambiente de educação formal, um dos inéditos – viáveis produzidos por estes movimentos foi emergir sua visibilidade, além de sua importância pedagógico na luta por educação. Inserida no campo dos estudos do cotidiano, tendo a narrativa da experiência do vivido e a conversa como metodologia como referenciais teórico-metodológicos, a pesquisa, desafiada pelo isolamento social imposto nos tempos pandêmicos, se constituiu a partir da possibilidade metodológica da webconversa.