Medicalização da comida e transformação de pessoas em mercadoria: reflexões a partir de revistas dirigidas ao público feminino
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Nutrição BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Alimentação, Nutrição e Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7303 |
Resumo: | Dedicamo-nos, num primeiro momento, a situar o campo científico a Alimentação e seu foco de investigação: a comida. Entendemo-la inserida no mundo do consumo nas sociedades modernas e em articulação com a publicidade, esta que é por nós considerada como forte partícipe do processo de construção de símbolos e de reprodução e transformações no modelo econômico-social-cultural marcado pela acumulação de capital. Nos dias atuais, a publicidade, suas práticas e seus saberes têm sido estudados, não somente como simples agentes de vendas, mas como mecanismos capazes de estabelecer influências e reconstrução de práticas de consumo. Processo em que o corpo tem função relevante na construção de sentidos, visto que a comida participa da construção do corpo não apenas pela sua materialidade, mas também nos aspectos culturais e simbólicos. Analisamos as capas das revistas Sou Mais Eu! e VIVA! Mais, publicadas em 2011. A partir desses veículos, propomo-nos a refletir a respeito de discursos sobre comida e suas relações com processos de medicalização e de transformação das pessoas em mercadoria na sociedade contemporânea. Discutimos, primeiramente, sua configuração como um gênero textual. Depois, com base na Análise de Discurso e nos estudos semióticos, recorremos a autores como Foucault, Guimarães, Farina, Simmel e Elias para um mergulho nos enunciados em tela. Em seguida, com base em autores como Conrad, Foucault e Maingueneau, apresentamos nossas reflexões sobre o processo de medicalização que vemos presente nesses discursos. Por fim, argumentamos que a sociedade de consumo requer que sejamos também vendáveis. Consideramos, conforme Hall, Bauman, Giddens, Marx e Lukács, que esse arranjo que reune capas de revistas femininas, comida e medicalização é também marcado por um processo de reificação que transforma pessoas em mercadoria |