O cinema em transe: a percepção cinematográfica à luz das metáforas do autômato e dos fenômenos da dissociação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Santos, Messias Tadeu Capistrano dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/6010
Resumo: Os poderes hipnóticos e sensoriais do cinema foram encenados em vários filmes e teorizados, de diferentes modos, por diversos pensadores e cineastas. Desde seu início, o cinema tem sido assombrado por vampiros, fantasmas, duplos, sonâmbulos, loucos e alucinados que metaforizam a experiência espectatorial e suas metamorfoses. A partir deste tema, o trabalho consiste em discutir as relações entre cinema e percepção através de uma analise das metáforas do espectador como autômato e da experiência cinematográfica como fenômeno dissociativo, ligada à hipnose, a alucinação e a telepatia. Para investigar estas conexões, parte-se de um estudo da modernização da percepção e do espetáculo ocorridos na sociedade industrial. Neste contexto, a imaginação cinematográfica esteve vinculada ao imaginário óptico de um modo ambíguo: por um lado, com a automatização da percepção através dos atos reflexos propagados pelos choques espaço-temporais da modernidade; e por outro, com a emergência de uma cultura espectral que fez a imagem técnica dialogar com os debates psicofísicos acerca dos fenômenos da dissociação e com a imaginação fantástica da segunda metade do Século XIX. A partir deste quadro as metáforas do autômato e dos fenômenos dissociativos servirão como instrumentos teóricos para a análise de alguns filmes que abordam as transformações do dispositivo cinematográfico sob o de novas tecnologias, processos de automação e demandas perceptivas.